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Madrid: Projecto de Siza condiciona cargo político

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Presidente da Câmara da capital espanhola condiciona permanência no cargo à aprovação de projecto

O presidente da câmara de Madrid, Alberto Ruiz Gallardon, condicionou esta segunda-feira a sua permanência no cargo à aprovação do polémico projecto de Siza Vieira para a reforma do eixo Prado-Recoletos, no centro da capital espanhola, noticia a agência Lusa.

Em entrevista ao jornal ABC, Gallardon (Partido Popular) explicou que a decisão final sobre o projecto do arquitecto português deverá ser conhecida em Abril, quando se espera uma decisão do governo regional de Madrid (também do PP).

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Madrid: projecto de Siza avança mesmo

«O eixo Prado-Recoletos é a acção política mais importante desta legislatura. É o coração, se não mesmo o motor do arranque da recuperação de todo o centro de Madrid. É prioridade absoluta», insistiu.

Apresentado a concurso há cinco anos, e com obras previstas para começarem em 2009, o projecto desenhado por Siza Vieira para a autarquia de Madrid tem sido marcado praticamente desde o inicio pela polémica.

Siza Vieira reabre polémica em Madrid

Quer o projecto inicial, quer uma versão alterada, apresentada em Dezembro, foram contestados pela baronesa Thyssen, que ameaçou na quarta-feira levar o Museu Thyssen para outro ponto de Madrid, com menos tráfico, se a ideia avançar.

A reforma em questão centra-se no eixo das avenidas Prado e Recoletos, duas das principais da cidade e onde estão, entre outros, o Museu do Prado e o Museu Thyssen, dois dos maiores ícones culturais de Madrid.

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O desenho inicial, que há cinco anos foi posto a concurso, causou intensa polémica, levando a baronesa Thyssen a acorrentar-se a uma árvore em protesto contra o corte previsto de árvores e contra a reforma que prejudicaria o Museu Thyssen.

Depois de meses de polémica, a autarquia apresentou algumas alterações que, depois da mediação do Ministério da Cultura, acabaram por contar com o sim das instituições culturais afectadas.

Fora do acordo ficou porém o governo regional da Comunidade de Madrid, também liderado pelo PP, que criticou o projecto, afirmando que afectaria a circulação de tráfico na zona, deixando assim em aberto uma eventual rejeição das obras.

Guerra política

Detrás do projecto está também a guerra política entre Gallardon e Aguirre, ambos vistos em alguns quadrantes como sucessores do actual presidente do PP, Mariano Rajoy e que, pelo conflito político, acabaram por ser afastados das listas Populares para as eleições de 09 de Março.

O afastamento de Gallardon, tido como representante da ala mais moderado do PP, foi alvo de intensa polémica dentro e fora do partido, consolidando, como referem os críticos, a força da ala mais à direita do grupo.

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Apesar da política, Gallardon mostra-se optimista em que o projecto seja aceite.

«Temos que recordar que esse governo (regional) é exercido pelo PP, o mesmo partido que aprovou o programa eleitoral em que se incluía o eixo Prado-Recoletos», afirmou.

«Tenho obrigação de ter confiança em que o governo do PP da Comunidade de Madrid aplique o programa eleitoral do PP e aprove o que foi pedido pela autarquia», afirmou.

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