As manifestações de solidariedade com os atentados em Paris têm corrido o mundo. Um movimento de apoio e indignação que também se estendeu aos países árabes, onde vários jornais publicaram cartoons alusivos aos acontecimentos trágicos desta última semana e que pretendem ser um grito pela liberdade de expressão.
Tratam-se de imagens simbólicas que nos chegam de países onde a liberdade de expressão é, não raras vezes, questionada pelos seus próprios cidadãos.
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O jornal « An Nahar», do Líbano, publicou dois cartoons que criticam o atentado ao «Charlie Hebdo».
Líbano
O jornal « An Nahar», do Líbano, publicou dois cartoons que criticam o atentado ao «Charlie Hebdo».
Num deles, pode ler-se «Mas ele chamou-me terrorista».
No segundo está escrito «Isto é como nós vingamos o assassinato dos cartoonistas».
Também o jornal «Al Akhbar», que é considerado por muitos como uma publicação pró-Hezbollah, partilhou um cartoon onde está escrito «Liberdade para o ar».
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Em relação à liberdade de expressão, um cartoonista libanês descreveu a situação que se vive no país na atualidade como «mais fácil [depois da Primavera Árabe], mas longe do ideal».
Qatar«Queremos defender a liberdade imprensa, a liberdade dos órgãos de comunicação e a liberdade de opinião Esta é a nossa missão», disse Stavo Jabro, que desenha para ambos os jornais apresentados.
No Qatar, o jornal «Al-Arabi Al Jadee», que escreve em inglês, também publicou um cartoon a defender a liberdade de expressão.
Egito
Já no Egito, um jovem artista Makhlouf, desenhou dois cartoons para o jornal «Al-Masry Al-Youm».
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Num deles lê-se «Em apoio ao 'Charlie Hebdo'».
Num segundo, Makhlouf desenhou-se a si próprio com um lápis, enquanto um terrorista, com traços extraterrestes, lhe aponta uma arma.
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