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«Mudança na Síria está cada vez mais próxima»

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Fontes diplomáticas da UE consideraram que a Síria «é mais sensível» às sanções impostas do que outros países com protestos

A União Europeia (UE) considerou esta terça-feira que uma mudança na Síria «está mais próxima», graças a várias sanções e à pressão política internacional, que debilitaram o regime de Bachar Al-Assad, escreve a Lusa.

Fontes diplomáticas europeias, citadas pela agência Efe, consideraram que a Síria «é mais sensível» às sanções impostas do que outros países imersos em protestos, dado que não tem os mesmos recursos provenientes do petróleo e, portanto, não tem grande capacidade de resistência.

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O regime de Al-Assad «está débil» e tem cada vez mais dificuldade em responder às exigências do povo sírio, o que faz com que uma mudança esteja cada vez mais próxima, acrescentaram as fontes.

A UE impôs já três rondas de sanções, dirigidas ao próprio presidente sírio e ao seu círculo mais próximo, assim como a entidades e pessoas que apoiam a repressão do regime.

Na passada segunda-feira, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE não aprovaram uma quarta ronda de sanções, mas não descartam vir a fazê-lo proximamente.

«Certamente haverá um momento para mais sanções e temos de discutir agora como serão, para que possamos decidir, se for necessários, nos próximos dias ou semanas», afirmou o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Wiliam Hague.

Por seu turno, o ministro alemão, Guido Westerwelle, cujo país ocupa agora a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU, voltou a exigir segunda-feira à comunidade internacional que condene o «comportamento inaceitável» do regime de Damasco.

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Neste órgão máximo da segurança internacional está bloqueada uma resolução contra Damasco por oposição de países como a Rússia e China ¿ dois países com direito a veto ¿ e de Brasil, África do Sul e Índia, que receiam que possa surgir um conflito como o da Líbia.

O projecto de resolução, apresentado a 8 de Junho passado pelos países europeus, pede um «cessar imediato da violência» e o «levantamento do cerco às cidades sitiadas» pelas forças de segurança, além de condenar os «abusos sistemáticos aos direitos humanos», embora não contenha sanções contra Damasco.

As fontes diplomáticas asseguraram que sem um acordo do Conselho de Segurança não deverá haver uma intervenção europeia.

As mesmas fontes previram ainda que o regime de Muammar Khadafi «não aguentará muito mais», não só porque o tempo corre em contra-ciclo, mas porque a vida em Trípoli está cada vez mais difícil, devido à escassez de gasolina e outros produtos, bem como aos bombardeamentos.

Contudo, há que manter a pressão militar sobre as forças de Khadafi, sustentaram as fontes.

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