Vivane Reding, Comissária Europeia para a justiça, estabeleceu na terça-feira um paralelismo entre a situação dos ciganos na França e a Segunda Guerra mundial. Este comentário irritou o governo, o que levou Sarkozy esta quarta-feira a intervir e a pedir calma.
Segundo a agência AFP, esta manhã Sarkozy mostrou-se descontente durante uma reunião com um grupo de senadores franceses, dizendo mesmo que a comissária Reding, que é luxemburguesa, deveria acolher os ciganos no seu país antes de criticar a França.
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A declaração foi confirmada por um senador do UMP, Bruno Sido, que esteve nesse encontro: «Disse que só está a aplicar as leis francesas, que não há absolutamente nada que possa ser criticado, e que se os luxemburgueses querem levar os ciganos, não há problema nenhum».
Segundo o «Le Monde», Viviane Reding declarou que a atitude do governo francês em relação ao «despejo» dos ciganos foi «uma vergonha».
O secretário de Estado para os Assuntos Europeus francês, Pierre Lellouche, também se pronunciou. Considerou «inconveniente o deslize da comissária da Justiça europeia», Viviane Reding, que comparou a situação dos ciganos em França com a Segunda Guerra mundial, citado da agência Lusa.
Também questionado sobre as declarações de Viviane Reding, Eric Besson, o ministro da Imigração, declarou que «a comissária tinha «escorregado», ao fazer um paralelismo entre a situação dos ciganos na França e na Segunda Guerra Mundial. «Normalmente, é mais equilibrada. Derrapou e usou uma expressão chocante», disse ao «Le Monde».
Besson assegurou que Paris vai dar explicações a Bruxelas sobre a circular de 5 de Agosto.
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