Um avião militar ao serviço da NATO destruiu um míssil scud disparado de Sirte, a cidade natal de Muammar Khadafi. Um contra-ataque que vem lembrar que o ditador ainda não desistiu, apesar de grande parte do território estar aparentemente sobre o domínio das forças rebeldes. Uma Líbia erguida parece apenas aguardar a queda de Khadafi para levar a revolução ao seu porto.
A informação de que um ataque com míssil estava em curso foi avançada pela cadeia televisiva noticiosa Al Jazeera, citando informações de um dos seus correspondentes. Um oficial da Defesa norte-americana, que pediu anonimato, veio entretanto confirmar à Reuters que o disparo foi efectuado por forças leais ao regime de Khadafi.
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No início de Agosto, as forças do regime tinham já disparado um destes mísseis, que acabou por cair no deserto, sem causar vítimas.
A luta pelo poder não está ainda terminada e as forças do regime não se dão por vencidas, até porque a localização de Khadafi é ainda incerta. Há relatos de que poderá estar num hospital de Trípolí. Também os EUA já adiantaram que acreditam que o ditador ainda está na capital. Entretanto, Barack Obama declarou que irá manterá uma relação de amizade com o país durante o processo de transição, dando como certo que Khadafi não tem saída e deve render-se.
Os combates continuam e o cerco aos locais onde o regime ainda subsiste parece aumentar, com as informações de que mais distritos caíram às mãos dos rebeldes. A Praça Verde está agora sem a euforia das últimas 24 horas. Os rebeldes recolheram-se e temem agora os ataques de «snipers».
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Segundo a Al Jazera foram encontrados dois corpos, sendo que um deles poderá ser de Khamis, um dos filhos de Khadafi. Segundo a Reuters, Khamis era um dos líderes da resistência que estaria ainda na rua a comandar os soldados do regime e que terá sucumbido em combate.
Um outro filho do ditador terá conseguido fugir da prisão domiciliária com a ajuda de apoiantes do regime.
As forças rebeldes já controlam a televisão estatal líbia, que está sem sinal e o aeroporto de Tripoli, noticia a agência Reuters. É mais um passo para o fim do regime de 42 anos de Khadafi e para o controlo de Trípoli, onde se registam ainda muitos confrontos.
A NATO receia que algumas forças do coronel estejam escondidas e possam atacar civis. De acordo com a CNN, as forças leais ao regime ainda controlam pelo menos três hospitais, uma zona militar e o hotel Rixos, onde vários jornalistas estão impedidos de sair.
Notícia actualizada às 23:10
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