O embaixador português na NATO defendeu esta quinta-feira que o conceito estratégico da organização deve chegar à cimeira de Lisboa «sem pontos de interrogação», considerando que muitas questões em aberto podem originar «confusão» e lembrando que há outros temas para discutir, noticia a Lusa.
Falando num seminário sobre o novo conceito estratégico da Aliança Atlântica, organizado pela Associação da Juventude Portuguesa do Atlântico na Academia da Força Aérea, em Sintra, Manuel Fernandes Pereira referiu que há capitais aliadas que defendem que deve haver «um documento pronto na cimeira» e outras que advogam «que há partes que devem ser deixadas em aberto para serem discutidas lá».
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O embaixador permanente na NATO mostrou-se favorável a que, a ser deixado algum tema em aberto, seja apenas «uma parte muito pequena», quase como um «pró-forma».
Na opinião do diplomata, «pode criar alguma confusão» discutir e fechar vários pontos do documento que reforma o conceito estratégico de 1999, numa cimeira de dois dias (a 19 e 20 de Novembro) que vai reunir dezenas de chefes de Estado e de Governo e que, para além deste tema, tratará também de outros, como a missão no Afeganistão, a defesa anti-míssil, as reformas da NATO ou as parcerias com países não membros. «Não deve haver demasiados pontos de interrogação», defendeu.
Manuel Tomás Fernandes Pereira adiantou ainda que o secretário-geral da NATO está actualmente de férias no sul de França a trabalhar no primeiro esboço do conceito estratégico, documento que será apresentado aos países membros algures durante o mês de Setembro.
A primeira grande discussão do documento acontecerá na reunião de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da NATO, a 14 de Outubro, já com apresentação de propostas dos países aliados.
«Será um processo de give and take [dar e receber]¿, disse o embaixador.
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