A Plataforma Anti-Guerra Anti-NATO Portugal (PAGAN) mobilizou, esta sexta-feira, cinco manifestantes, em frente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), em protesto contra a Aliança Atlântica, por ocasião da visita do secretário-geral da organização, escreve a Lusa.
Anders Fogh Rasmussen realiza hoje uma série de encontros, em Lisboa, para preparar com o Governo a cimeira da NATO, que decorrerá em Novembro em Portugal, e na qual será aprovado um novo conceito estratégico da organização.
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Entre os manifestantes encontrava-se o militar reformado e dirigente da UDP, Mário Tomé, que, questionado pela Lusa sobre se não seria uma incongruência um ex-militar protestar contra a NATO respondeu: «as verbas pagas pelos países à NATO davam para resolver o problema da fome».
Mário Tomé acrescentou que Portugal «não está a fazer nada na NATO, nem os 200 militares portugueses no Afeganistão fazem lá nada».
O dirigente da PAGAN, Vítor Lima, adiantou que os membros do movimento, que marcou a manifestação para as 09:30 de hoje, «estão contra a NATO e não gostam da NATO».
«A NATO é uma organização desestabilizadora a nível mundial e os 500 mil euros gastos nos submarinos portugueses davam para resolver a situação de todos os centros de saúde em Portugal», adiantou Vítor Lima.
Questionado sobre o baixo número de participantes na manifestação, o dirigente da PAGAN afirmou que «existem outros valores mais importantes». As «pessoas estão preocupadas com outros problemas, como o desemprego» e «as questões militares e a NATO não são importantes para a sociedade», sublinhou.
Os cinco manifestantes estiveram pacificamente sentados nas mesas localizadas em frente ao MNE, tendo pendurado uma faixa na barreira policial, na qual se lê o nome da PAGAN.
A PSP, no local, disse à Lusa que não tinha conhecimento prévio da manifestação, tendo identificado os cinco manifestantes.
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