Já fez LIKE no TVI Notícias?

Insectos podem ajudar na luta contra a gripe

Relacionados

Grupo de cientistas descobriu forma de produzir vacinas contra a gripe a partir das suas células

Um grupo de cientistas descobriu uma forma de produzir vacinas contra a gripe a partir de células de insectos, o que permitirá fabricar muito mais quantidades do que através da cultura de vírus em ovos, escreve a Lusa.

Segundo a edição on-line da revista Science, um grupo de cientistas norte-americanos poderá ter descoberto a solução ideal para fabricar quantidades de vacinas anti-gripais superiores às actualmente conseguidas.

PUB

Os ovos de galinha são necessários para fazer crescer os vírus usados nas vacinas, mas uma grande quantidade de vacinas - como a que seria necessária em caso de uma pandemia - requereria grandes quantidades de ovos.

Agora, um novo estudo sugere que tal poderá ser mais facilmente alcançado a partir de células de insectos.

Esta nova abordagem coloca o vírus fora da equação. Em vez de se cultivar um vírus num ovo e de o injectar inactivo nas pessoas, neste trabalho, desenvolvido ao longo de mais de uma década, a estratégia usada envolve a colheita de apenas uma proteína viral.

Os investigadores de um laboratório de biotecnologia - «Protein Sciences Corporation» - em Meriden, Connecticut, modificaram geneticamente um vírus que infecta as células da lagarta para produzir hemaglutina, uma proteína existente no revestimento do vírus da gripe que induz o aparecimento de anticorpos.

Como o método é muito menos incómodo do que a manipulação de ovos de galinha, e a vacina é assim fácil de produzir, a companhia pretende usar 135 microgramas do hemaglutina em cada dose, na esperança de alcançar uma maior protecção.

PUB

Para estudar os resultados, uma equipa conduzida por John Treanor, da Universidade do Centro Médico de Rochester em Nova Iorque, recrutou 460 adultos saudáveis em três centros médicos.

Os investigadores descobriram que os 135 microgramas de vacina fizeram disparar os anticorpos e produziram apenas ligeiros efeitos secundários.

Os resultados preliminares indicaram que a vacina evitou a doença: nenhum dos pacientes vacinados desenvolveu gripe no Inverno seguinte, ao contrário de duas pessoas no grupo que recebeu uma dose mais pequena e sete no grupo dos placebos, revelam os investigadores na edição do Journal of the American Medical Association.

Um estudo de eficácia alargado a 4.000 pessoas está já planeado para o final deste ano.

Usando a mesma tecnologia, seria «realmente muito simples» fazer uma vacina anti-pandemia, diz Manon Cox, um dos responsáveis.

Para o perito em vacinas David Fedson, trata-se de uma vantagem crucial.

Se após o início de uma pandemia, farmacêuticas em todo o mundo estivessem preparadas para fabricar a vacina, milhões de doses poderiam ser produzidas em questão de meses, o que potencialmente salvaria milhões de vidas.

PUB

Relacionados

Últimas