O Presidente Hugo Chávez informou na quinta-feira que deu 72 horas ao embaixador norte-americano para abandonar a Venezuela e que chamou a Caracas o embaixador venezuelano em Washington, noticia a Lusa.
Hugo Chávez disse que determinou a expulsão do embaixador Patrick Duddy em parte para manifestar a sua solidariedade com o Presidente da Bolívia, Evo Morales, que expulsou o representante norte-americano em La Paz, tendo Washington retaliado o gesto.
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«Estão a tentar fazer aqui o que estão a fazer na Bolívia», comentou Chávez. «Já basta (...) de vós, ianques».
Washington expulsa o embaixador da Bolívia
O líder venezuelano informou que o embaixador Bernardo Alvarez regressará a Washington «quando houver um novo Governo nos Estados Unidos».
O gesto de Chávez coloca as relações com Washington num nível ainda mais baixo e levanta questões sobre se o conflito diplomático afectará o comércio. A Venezuela é um importante fornecedor de petróleo dos Estados Unidos, que são o principal cliente do país.
Chávez manda prender oficiais que queriam matá-loChávez anunciou a decisão numa comunicação televisiva algumas horas após ter informado que o seu Governo havia detido um grupo de alegados conspiradores que planeavam afastá-lo.
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O Presidente venezuelano acusou o grupo de actuais e antigos oficiais das forças armadas de tentar assassiná-lo, com apoio dos Estados Unidos, sem, no entanto, ter apresentado provas.
Funcionários norte-americanos desmentiram repetidamente as acusações de Chávez de que Washington tem apoiado conspirações contra ele.
Interrogada sobre as acusações de Chávez, a porta-voz da embaixada norte-americana, Jennifer Rahimi, afirmou: «Vimos o discurso e estamos a investigar, mas ainda nada vimos de oficial».
Chávez advertiu no mês passado que o embaixador Duddy poderia estar em breve «a fazer as malas», após o diplomata ter lamentado que os funcionários dos Estados Unidos e da Venezuela não estivessem a cooperar na guerra contra as drogas.
Duddy afirmara que a deterioração das relações diplomáticas entre Caracas e Washington estava a dar vantagem aos narcotraficantes.
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