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Insegurança: o apelo a Sócrates para que fale com Chávez

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Na Venezuela, portugueses «têm cada vez mais receio de andar na rua»

Habituada a lidar diariamente com situações de alguma insegurança, a comunidade portuguesa da Venezuela foi abalada, nos últimos dias, pela morte de vários comerciantes seus conterrâneos.

O receio, segundo a Lusa, levou os portugueses a apelarem ao primeiro-ministro português, José Sócrates, que aborde a questão com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, durante o encontro que ambos deverão ter em Lisboa no final da próxima semana.

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«Condenamos esta vaga de sequestros e assassínios, apelamos às autoridades para que tomem medidas para controlar esta onda de violência que está a ocorrer, que afecta tanto a comunidade portuguesa como aos cidadãos em geral», disse à agência Lusa o presidente da Câmara Portuguesa Venezuela de Comércio e Turismo.

Segundo José Luis Ferreira, «é um assunto que tem vindo a ser denunciado há muito tempo», que preocupa os portugueses «que têm cada vez mais receio de andar pela rua, inclusive durante o dia, que os afecta psicologicamente e é negativo para a saúde». «O primeiro-ministro (José Sócrates) e o presidente da Venezuela (Hugo Chávez) deveriam falar sobre esta violência que está a acontecer», sublinhou.

«Todos os dias morre muita gente na Venezuela»

Para o presidente do Centro Português de Caracas, Juan Gonçalves, «a situação é muito preocupante» mas ele chama a atenção para o facto de também os venezuelanos serem vítimas da insegurança. «Aqui ninguém está a salvo de uma situação dessas. Nós só sabemos quando matam os portugueses mas todos os dias morre muita gente na Venezuela», enfatizou.

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«Tem que haver um comentário para dar apoio à segurança dos portugueses. Não se trata de deitar as culpas a alguém mas é bom comunicar às autoridades venezuelanas o que está a passar-se, as preocupações da comunidade», frisou.

Segundo Juan Gonçalves, «é preciso ajudar a Venezuela» porque, nos últimos tempos está-se a registar «uma situação de ódio contra as pessoas que têm lojas» pelo que os portugueses acabam por ficar expostos porque são «quem dá a cara, estão atrás do balcão e no supermercado».

A Agência Lusa abordou vários comerciantes portugueses na localidade de Chacaíto, que se recusaram a falar abertamente sobre o assunto receando que as informações enviadas para Portugal cheguem depois à Venezuela. Nalguns casos pretendiam que fosse o jornalista a assumir as responsabilidades pelo que queriam dizer.

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