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Egipto: o país acordou livre

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Dia histórico após resignação de Hosni Mubarak

Artigo actualizado às 14h08

Foram dezoito dias de protestos que colocaram o ponto final a 30 anos de regime autocrático.

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O conselho supremo das Forças Armadas do Egipto, no poder desde a renúncia de Hosni Mubarak na sexta-feira, prometeu hoje garantir uma «transição pacífica» para «um governo civil eleito» e assegurou que vai respeitar os acordos internacionais assinados.

Numa declaração ao país, os militares afirmaram também que o actual governo, nomeado por Mubarak, vai continuar em funções até à formação de um novo executivo para assegurar a gestão dos assuntos correntes.

«A República árabe do Egipto manterá os compromissos assumidos em todos os tratados regionais e internacionais», afirmam na declaração, designada «comunicado número quatro» e lida por um militar na televisão estatal.

O exército egípcio já começou a remover as barricadas de arame farpado em torno da praça da libertação, numa altura em que a população ainda festeja. E enquanto se faz a festa é também tempo de lembrar a vítimas.

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É um amanhecer diferente no Egipto. Nas orações ao nascer do dia, o povo agradece o triunfo da liberdade. Após de 18 dias de resistência nas ruas chegou o dia histórico. Milhares fizeram esvoaçar o negro, branco e encarnado das bandeiras.

Assim se escreve uma nova página da história do Egipto.

Recolher obrigatório encurtado

Entretanto, o conselho militar que governa o Egipto desde a renúncia de Mubarak anunciou, já este sábado, uma redução em quatro horas do recolher obrigatório em vigor nas três maiores cidades do país, incluindo o Cairo.

«Do conselho supremo das forças armadas: recolher obrigatório da meia-noite às seis horas», noticiou a televisão estatal em rodapé.

O conselho supremo das forças armadas garantiu ainda, avança a Reuters, que ficará no poder até um novo executivo ser eleito e que vai respeitar os acordos internacionais existentes.

Os militares decidiram também proibir a saída do país de todos os actuais e antigos responsáveis governamentais sem uma autorização expressa da justiça ou das forças armadas, segundo fontes aeroportuárias citadas pela agência Associated Press.

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Segundo essas fontes, que pediram para não serem identificadas, foi-lhes fornecida uma lista de nomes e o ministro da Informação, Anas el-Fiqqi, despachou bagagem para Londres mas não embarcou no voo, alegadamente porque terá tido conhecimento da existência da lista.

600 reclusos em fuga

Cerca de 600 prisioneiros evadiram-se este sábado de uma prisão no Cairo depois de tumultos que provocaram vários mortos e feridos, informaram os serviços de segurança egípcios.

As fontes, citadas pela France Presse, não indicaram números de vítimas nem se eram guardas prisionais, prisioneiros ou atacantes provenientes do exterior da prisão de el-Marg.

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