A polícia francesa descartou a pista dos três militares neonazis expulsos em 2008 no ataque à escola judaica de Toulouse, que causou segunda-feira quatro mortos, um professor e três crianças.
Segundo as autoridades, o homicida em fuga, é também autor das mortes de três soldados de origem magrebina há cerca de uma semana, em Montauban.
PUB
Fonte policial disse à rádio France Info que as autoridades encaram a hipótese de poder tratar-se de um extremista islâmico ou de um fanático da extrema direita neonazi ou simpatizante.
O homicida ainda não foi identificado e, segundo o procurador que investiga o caso, pode voltar a atacar.
Testemunhas
O atirador poderá ter usado «uma câmara de filmar ao pescoço», disse uma testemunha do ataque ao jornal «Sud-Ouestselon».
Outra testemunha revelou à televisão francesa que o homem aparentava ter uma tatuagem na face. Esta mulher disse aos jornalistas que conseguiu aperceber-se da tatuagem quando este levantou o visor do capacete que manteve na cabeça durante o tiroteio, refere a agência Reuters.
As autoridades tentam identificar o autor do ataque a partir das câmaras de videovigilância que se encontram junto à escola, numa caça ao homem sem precedentes. Estas câmaras permitiram ver a frieza do atirador, que disparou para a cara de uma criança a uma curta distância antes de escapar de moto, descreveu Nicolas Yardeni, de uma associação judaica regional, citado pela agência noticiosa.
PUB
As autoridades já conseguiram identificar a placa de matrícula do motociclo e sabem que foi adquirido em Maio passado.
Corpos enterrados em Israel
Segundo anunciou o presidente do Consistório geral, Joël Mergui, os corpos das quatro vítimas serão repatriados, esta terça-feira, para Israel, escreve o jornal «Liberation».
Os corpos do professor Jonathan Sandler, 30 anos, dos seus dois filhos, Gabriel, 4 anos, e Arieh Sandler, 5 anos, e Myriam Monsonego, 7 anos, filha do diretor da escola, serão transferidos para Israel e enterrados em Jerusalem por vontade das famílias.
PUB