A Organização Mundial de Saúde anunciou hoje mais 29 mortes causadas pelo Ébola nos últimos dias na África Ocidental, elevando para 961 as vítimas deste surto epidémico, o mais grave desde a descoberta da doença há quase 40 anos.
Na Guiné-Conacri, onde o surto surgiu em março deste ano, registaram-se quatro mortes nas últimas 48 horas, uma na Nigéria, 12 na Libéria e outras 12 na Serra Leoa.
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Nestes quatro países, os casos de doentes confirmados, prováveis e suspeitos de Ébola somam 1.779, indicou a OMS.
Ébola: declarado «estado de emergência mundial»
A Comissão Europeia reiterou hoje que o risco de propagação do Ébola na União Europeia (UE) é «extremamente baixo», mas sublinhou que, na eventualidade de o vírus chegar a território comunitário, os 28 estão preparados para enfrentar a situação.
OMS recomenda à Guiné-Bissau que reforce vigilância das fronteiras
Entretanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) também recomendou hoje à Guiné-Bissau o reforço da vigilância das fronteiras com a Guiné-Conacri, um país onde já se verificaram 367 mortes provocadas pelo Ébola.
«Neste momento a OMS, em Genebra, ainda não recebeu nenhuma informação relativa a casos registados em Guiné-Bissau», afirmou à Lusa Tarik Jasarevic, da organização sedeada em Genebra.
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Guiné-Bissau «não pode estar descansada»
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou hoje que o país "não pode estar descansado" com o vírus do Ébola nos países vizinhos, pelo que é preciso reforçar a vigilância e sensibilizar a população.
Em declarações aos jornalistas no final de uma série de visitas a várias instituições públicas e ao mercado principal de Bissau, Domingos Simões Pereira defendeu que o facto de o Ébola ainda não ter chegado ao país não pode significar que se deve descurar.
«É óbvio que quando os países ao nosso redor como a Guiné-Conacri, Serra Leoa e outros, já têm níveis de presença desses flagelos, a Guiné-Bissau não pode estar descansada (pensando) que não corre riscos», notou o primeiro-ministro guineense.
A doença ainda não chegou à Guiné-Bissau mas Domingos Simões Pereira quer toda sociedade mobilizada e a comunicação social a ajudar na sensibilização da população.
«A preocupação vai no sentido de elevar o alerta, a mobilização de todos», frisou.
Notícia atualizada às 18:53
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