O governo da Rússia decidiu juntar-se às operações militares do governo sírio, que há quatro anos trava uma guerra civil contra várias forças que tentam controlar o país, onde se inclui o Estado Islâmico.
Segundo a agência Reuters, que cita três fontes libanesas familiarizadas com a situação militar no terreno, a Federação Russa vai apoiar as forças governamentais do presidente Bashar Al-Assad, ainda que para já com um número reduzido de militares e equipamento.
Dois oficiais dos EUA confirmaram, também à agência de notícias, que a Rússia já enviou para a Síria navios de desembarque de tanques, aviões e um número reduzido (e indeterminado) de infantaria naval.
As mesmas fontes disseram desconhecer os motivos desta ajuda militar, mas um dos oficiais disse que as primeiras informações sugerem que está a ser preparado um campo de aterragem de aviões perto da cidade de Latakia, zona dominada pelo governo de Assad.
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O governo de Moscovo já confirmou que tem “especialistas” no terreno, porém o Executivo sírio nega que os russos estejam envolvidos nos combates.
Duas das fontes libanesas disseram que a Rússia quer estabelecer duas bases na Síria, uma na zona costeira, outra mais para o interior do país, esta última para servir de base de operações.
“Os russos deixaram de ser apenas conselheiros. A Rússia decidiu juntar-se à guerra contra o terrorismo”, disse uma das fontes que pediu anonimato.
Por esta razão, os EUA têm feito pressão sobre os países vizinhos da Síria para que neguem o espaço aéreo a voos russos, pedido já criticado por Moscovo.
A Rússia tem apenas uma base naval no Mediterrâneo, na zona de Tartus – controlada pelo governo – e mantê-la segura é vista como um dos objetivos de Moscovo.
A guerra civil na Síria já causou 250 mil mortos e 23 milhões de deslocados.
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