Uma homenagem ao luso-descendente morto no dia de Natal por um tigre assinalou a reabertura do jardim zoológico de São Francisco, Califórnia, que tem agora um novo sistema de alerta, noticia hoje a imprensa local.
O jardim zoológico, que tem sido acusado nos últimos anos de maus tratos a animais e da morte de dois elefantes, reabriu quinta-feira com um novo sistema de alerta e com avisos para os visitantes não perturbarem os animais.
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De acordo com a imprensa, a reabertura do recinto, que tem a área dos leões e dos tigres vedada, ficou marcada com uma homenagem ao luso-descendente, Carlos Sousa Júnior, e ao tigre, que no momento em que atacava o jovem foi abatido pelos seguranças do zoo.
Flores, animais de peluche e fotos enfeitaram a estátua de bronze de um tigre junto à porta principal do jardim zoológico em memória do luso-descendente e de Tatiana, o tigre-fémea de 159 quilos que «degolou» Carlos Sousa Júnior.
«Perdemos duas belas vidas», lê-se num dos cartazes colocados junto à estátua.
Carlos Sousa Júnior, de 17 anos, filho de mãe brasileira e pai português, morreu no dia de Natal quando Tatiana saltou do fosso e o atacou.
Dois amigos da vítima, que com ela visitavam o zoo, foram igualmente atacados, tendo ficado gravemente feridos.
Muitas pessoas visitaram o jardim zoológico de São Francisco quinta-feira para demonstrar apoio ao zoo.
«Sempre nos sentimos seguros no Zoo»
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«Sempre nos sentimos seguros no zoo», disse Diana Todd, que visitava o espaço juntamente com o marido e com os dois filhos adolescentes.
Diana, que transportava uma fotografia do tigre, salientou ainda que o pessoal do Jardim Zoológico «sempre fez o melhor para manter os visitantes seguros».
O fosso de onde Tatiana escapou encontra-se em obras e está encerrado por tempo indeterminado.
A polícia continua a investigar as causas do sucedido, incluindo a hipótese de os três jovens terem provocado o tigre siberiano.
O director do zoo, Manuel Mollinedo, já declinou qualquer responsabilidade, sustentando que algo terá incitado o animal a saltar da jaula, apesar de reconhecer que o muro envolvente media menos 1,2 metros de altura relativamente ao mínimo recomendado para os jardins zoológicos norte-americanos (cinco metros de altura).
Caso vai a tribunal
Mark Geragos, advogado dos dois feridos, os irmãos Kulbir e Paul Dhaliwal, de 23 e 19 anos, nega que os seus clientes e Carlos Sousa Júnior tenham provocado o animal.
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Geragos acusa ainda o jardim zoológico de não ter actuado em seu devido tempo para evitar a tragédia, acusação refutada pelo director do recinto.
O funeral do jovem luso-descendente realiza-se terça-feira, em San Jose, Califórnia, onde residia, disse quinta-feira à Agência Lusa o pai da vítima.
Carlos Sousa afirmou que pretende levar o caso para tribunal e arranjar um advogado, mas para já só quer realizar o funeral do filho.
Vários advogados, adiantou, já se ofereceram para representar a família, mas ainda não tomou qualquer decisão.
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