A TMN é a operadora que oferece uma oferta mais regular na banda larga móvel e no que diz respeito às velocidades máximas de download para transferência de ficheiros, segundo um estudo da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) que analisou pela primeira vez os desempenhos deste tipo de acesso em Lisboa e Porto.
A análise conclui que a operadora do grupo Portugal Telecom apresenta uma menor variação ao nível de tempo, com o índice de velocidade relativa a aproximar-se dos 100 por cento da largura de banda máxima contratada, tanto em Lisboa como no Porto, no que ao download diz respeito.
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Internet fixa: velocidade real cumpre em 70% a prometida
A Vodafone é, por outro lado, a que regista melhores valores médios nas duas maiores cidades do país, embora estes sejam caracterizados por uma dispersão muito acentuada. O comportamento pode estar associado em parte, segundo a Anacom, às alterações de velocidades máximas ocorridas durante o período em que decorreu o estudo e à variação de desempenho significativa ao longo do dia.
O índice de velocidade relativa da Vodafone nos downloads em Lisboa e Porto foi de 89,5 e 100%, respectivamente.
A Optimus, com velocidades inferiores, apresentou na mesma altura um índice de 96,7% e 92,2%, também respectivamente. Ou seja, embora registe os valores mais baixos dos três operadores neste contexto é, contudo, uma das mais estáveis.
Quanto aos uploads, a tendência é diferente: a Vodafone apresenta um índice de velocidade relativa de 100% em Lisboa e Porto, ao passo que a TMN apresenta um índice de 75,1% em Lisboa e 100% no Porto. Por fim, a Optimus tem 100% em Lisboa e 88,7% no Porto.
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Cumprir entre 90 a 100% da velocidade prometida
Apesar das ligeiras diferenças, o regulador do sector está satisfeito com os resultados apresentados por este estudo: «Os operadores têm óptima performance. A maioria já oferece entre 90 e 100% da velocidade prometida, o que é uma melhoria substancial face ao fixo. O consumidor sai hoje menos defraudado», disse em conferência de imprensa a administradora da Anacom, Teresa Maury.
No que respeita à navegação de Internet, não se encontram diferenças muito significativas dos tempos de download de página entre os três operadores para o mesmo destino.
«De um modo geral, os tempos de download de página duplicam, relativamente ao servidor nacional, quando o destino é a costa Oeste dos Estados Unidos», explica a Anacom.
A entidade está a ponderar estender a análise dos acessos móveis a outras cidades, sendo expectável um recuo da velocidade média de download, o indicador que permite aferir a qualidade do serviços dos operadores. E aproximar-se dos valores do acesso fixo, também analisadas mas a nível nacional.
No quarto trimestre de 2008, foram contabilizados 1.634.360 acessos fixos e 1.160.767 acessos móveis, que tem registado um crescimento mais acentuado a partir de 2007. No entanto, para a administradora da Anacom isso não quer dizer que o fixo esteja em risco: «Tenho dúvidas, e atendendo à tecnologia actual, que o móvel pretenda ser um substitutivo do fixo. É mais complementar», concluiu Teresa Maury.
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