João Cravinho defende que a regulação do sistema financeiro mundial inclua um «ataque» ao «problema dos offshores», baseados, no seu entender, numa «prática de malfeitores». Considera, ainda, que a crise ainda não se manifestou completamente e, por isso, não exclui uma baixa do IVA.
O presidente do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, que falava durante um debate promovido pelo clube de reflexão político «A Linha, no Centro Cultural de Cascais», afirmou que o recurso a offshores tem sido o elemento fundamental da crise financeira, em todos os seus aspectos, e de todos os «escândalos» dos últimos anos, escreve a Lusa.
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«Temos o caso BCP, o caso BPN. Em todos esses casos percebemos que os offshores estão no centro. É absolutamente fundamental nesta crise que se ataque este problema», afirmou.
Para o antigo ministro, o executivo de José Sócrates tem capacidade de intervir sobre a matéria, não só devido à cooperação internacional, mas também por existir em Portugal, nomeadamente na ilha da Madeira, um «centro financeiro com vigência aprazada».
Crise está para durar
Apesar de considerar que a crise ainda não se manifestou completamente e que há ainda «muitos esqueletos no armário» por desvendar.
João Cravinho disse ainda que «se a crise durar para além de 2009 não é de excluir baixar o IVA, para incentivar o consumo, e baixar o IRC, como incentivo ao investimento», acrescentou.
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