José Castelo Branco garante que está a ser alvo de uma “cabala” no caso em que é acusado de violência doméstica sobre a mulher, Betty Grafstein.
Em declarações exclusivas à CNN Portugal, o socialite quebrou o silêncio após um dia de detenção. “Nunca [a agredi]. Jamais podia agredir a pessoa que eu mais amo”, referiu, dizendo que tudo o que faz é ajudar a mulher, de 95 anos.
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“Chamam agressão eu dizer ‘levanta-te, mexe-te, fica firme, como uma rainha’? Chamam a isso bater, chamam a isso bullying?”, questionou, falando muitas vezes em inglês.
"Como é que a Betty chegava aos 95 anos em bom e só agora é que está mal, porque está privada de mim?”, continuou, sugerindo que todo o caso não passa de uma cabala contra a sua pessoa, mas sem querer concretizar quem poderá estar por detrás da denúncia.
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"Não é altura de o dizer", afirmou, dizendo que há "muita gente implicada" nesta situação. Sem fazer uma ligação concreta, passou imediatamente para o filho de Betty Grafstein, Roger: "Tem estado ao telefone com a mãe. Sei que proibiu visitas [ao hospital], não só a minha, como de qualquer tipo."
José Castelo Branco descreveu, depois, o dia do internamento. Betty Grafstein foi para os cuidados intermédios da CUF Cascais com uma fratura, depois de uma queda que ainda não foi totalmente esclarecida.
Já nas instalações hospitalares a norte-americana chamou o marido ao quarto. "Faço-lhe uma festa nariz com nariz, dou-lhe um beijo na testa, a seguir olho para ela e disse 'tenho uma surpresa lá fora'." Era o padre Pedro, que acompanha o casal há vários anos.
Betty estava, então, consciente e bem-disposta, contOU José Castelo Branco, que durante a conversa entre os dois ficou de lado, com uma médica.
Palavras de funcionário? "Mentira"A CNN Portugal recolheu declarações exclusivas de um antigo funcionário do casal, que descreveu uma série de alegadas agressões de José Castelo Branco à mulher.
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"Mentira, nunca aconteceu uma situação dessas", respondeu o socialite, apontando que os advogados que o defendem "só agarram em casos honestos".
Questionado diretamente sobre quem está a mentir, José Castelo Branco disse apenas que "não precisa" de mentir, mas há uma "outra história", os relatórios médicos.
Entende o marido de Betty Grafstein que esses relatórios encerram outra realidade, mas não concretizou aquilo que pensa sobre as queixas apresentadas pelos médicos e pelo hospital, responsáveis pela queixa que deu entrada em Sintra.
Sem querer "pôr em causa" a competência dos clínicos, José Castelo Branco sublinhou que indicou aos médicos como a deviam tratar - "conheço melhor o corpo dela do que o meu" -, nomeadamente com a administração de sódio, mesmo antes de tratar das feridas que a mulher apresentava.
"Eles ficam danados comigo. Não estou a pôr em questão a sapiência dos senhores, mas eu sei, eu conheço", reiterou, dizendo que a queixa "é normal", uma vez que "os médicos não gostam que se caia em cima", como José Castelo Branco disse ter feito desde o início, incluindo ao ponto de, afirmou, ter "descoberto" a pneumonia de Betty Grafstein.
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"Para defender a minha Betty sou capaz de agarrar um leão, de apanhar um touro de frente. Defendo-a até à morte. Tenho sido crucificado. Tenho carregado a minha cruz até ao calvário", afirmou, dizendo que é a saúde da mulher que mais o preocupa.
A argumentação de que a postura do hospital é "estranha" já tinha sido defendida por Fernando Silva, advogado de defesa, que à saída do tribunal alegou estar muita coisa em causa nesta situação.
José Castelo Branco deixou ainda uma revelação sobre o que terá dito a mulher ao juiz que se deslocou à CUF para a ouvir. "A única coisa que ela disse, vou dizer em primeira mão, 'empurrou-me', só disse assim. A seguir disse 'não quero falar mais, o meu filho não gosta de mim' e começou a chorar copiosamente", acrescentou.
Voltando aos hospitais, o socialite lamentou que a mulher esteja a ser tratada por pessoas que não conhece, acusando médicos e enfermeiras de não estarem no seu "espírito".
Questionado sobre se pensa regressar a Nova Iorque, José Castelo Branco disse que sim, mas nunca antes de a mulher ter alta hospitalar.
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