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180 elementos da PJ no Algarve

Agentes estão a investigar desaparecimento de Madeleine

Cerca de 180 agentes da Polícia Judiciária estão no Algarve a investigar o desaparecimento da menina britânica Madeleine, a que se juntam 60 militares da GNR e bombeiros e um grupo de 20 populares, disse hoje à Lusa fonte policial.

Ao longo dos últimos dias as brigadas de Faro e Portimão da PJ têm sido sucessivamente reforçadas por elementos da Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB) e de outros departamentos daquela polícia em Lisboa.

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O raio do semicírculo desenhado em torno do apartamento do «Ocean Club» de onde a criança desapareceu quinta-feira, mantém-se nos 15 quilómetros, mas poderá ser alargado nas próximas horas, admitiu fonte da GNR.

Durante o dia de hoje, os meios da GNR, bombeiros e Protecção Civil estão a repetir as inspecções a locais já «batidos» na segunda-feira, nas zonas rurais dos concelhos de Lagos e Vila do Bispo.

Os populares, devidamente enquadrados pela GNR (que mantém um posto móvel em frente ao aldeamento), estão hoje na zona do Farelo, depois de segunda-feira terem passado «a pente fino» as zonas rurais de Barão de S. João e Espiche, disse à Lusa o coordenador do grupo de voluntários, David Shelton, 38 anos, residente no Algarve há mais de década e meia.

«Não podemos criticar as autoridades portuguesas, que estão a fazer um trabalho fantástico e muito difícil», disse à Lusa o residente, em resposta a críticas de órgãos de informação britânicos que apontam deficiências à investigação.

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No local é hoje menos visível a presença de agentes da PJ, depois de nos últimos dias os elementos da Judiciária terem contactado habitantes e turistas e entrado em casas ocupadas e vazias dos aldeamentos vizinhos.

Nas horas a seguir ao desaparecimento, os agentes estiveram particularmente atentos às rotinas da população residente e dos turistas.

«Habitualmente, um pedófilo tem um período de encantamento da vítima que pode levar dias pelo que é importante verificar se alguém viu alguma coisa de suspeito nos dias ou horas imediatamente anteriores ao desaparecimento», explicou à Lusa fonte policial.

Nos estabelecimentos da zona, a polícia questionou os comerciantes sobre a presença de um homem vestido com um blusão impermeável azul, eventualmente com pelo na gola e calças brancas ou bege de linho na noite da tragédia.

O suspeito é moreno, tem cerca de 40 anos e cabelo curto, mas ligeiramente comprido atrás.

A polícia não exclui a hipótese de o suspeito ter inanimado a criança e perguntou na única farmácia local se tinham sido vendidos produtos entorpecentes, éter, clorofórmio ou substâncias congéneres, suspeita que não se confirmou.

«Estiveram aqui no sábado e perguntaram também se foram vendidos biberões, chupetas ou bonecos», disse à Lusa um empregado da mesma farmácia.

A PJ questionou ainda proprietários e empregados de lojas de roupas, supermercados e pastelarias para tentar apurar se nos últimos dias foram compradas roupas ou guloseimas por alguém correspondente à descrição do suspeito.

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