A Polícia Judiciária está a seguir a pista de Robert Murat há oito dias, na sequência de uma denúncia feita por «um algarvio com responsabilidades públicas na região», noticia a edição desta quarta-feira do jornal Público.
Segundo o jornal, a denúncia foi feita apenas três dias após o desaparecimento da pequena Madeleine do aldeamento turístico onde passava férias com os pais. Durante a conferência de imprensa da PJ, realizada esta terça-feira, o porta-voz da judiciária afirmou que já havia «informação no processo» sobre o suspeito, que agora foi constituído arguido, antes de a jornalista inglesa ter alertado as autoridades sobre as suspeitas que o homem lhe suscitava.
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O cidadão português que denunciou Murat, e que pediu anonimato às autoridades, também conheceu o inglês no aldeamento turístico após o desaparecimento da criança, adianta o jornal. O informador ter-se-á deslocado ao local em missão oficial do Estado e encontrou Robert Murat a fazer de intérprete entre a família de Madeleine e as autoridades, tendo-se apresentado como representante dos McCann.
Segundo o Público, a PJ sugeriu que quis manter o suspeito por perto, razão pela qual permitiu este tipo de comportamento.
Em conversa com o português que o denunciou, Robert Murat terá entrado em «contradições sobre a história da sua família, revelando ainda falhas de carácter». O homem terá dito que o seu nome não é Murat, mas Morato, sobrenome do pai, um importante construtor civil na zona do Algarve antes do 25 de Abril.
PJ investiga fosso secreto
A edição desta quarta-feira do jornal 24 Horas noticia que o engenheiro civil que desenhou a vivenda Liliana, casa onde Robert Murat vive com a mãe, alertou a polícia para a existência de uma fossa séptica e uma caixa de ar na propriedade que podem passar despercebidas.
O engenheiro explica que na parte mais alta, a caixa de ar, que fica por baixo da sala, chega a ter um metro de altura e que «não seria difícil de abrir».
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