O economista Vítor Bento, presidente da sociedade que gere o Multibanco (SIBS), considera «lamentável» o gesto que Manuel Pinho fez ontem durante o debate do Estado da Nação, no Parlamento, que acabaria por ditar a sua saída do Executivo.
«O gesto parece-me lamentável e já se sabe que tem consequências políticas inevitáveis, apesar de ter sido pontual. Talvez não passe de um fait-divers», avança à margem do IV Congresso da SEDES, que está a decorrer esta sexta-feira, em Lisboa.
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Vítor Bento acredita que tenha sido «um acidente» e, por isso mesmo, exigia uma resposta rápida do Governo. «Penso que o primeiro-ministro agiu de forma rápida e conveniente. Além disso, julgo que não tinha margem de manobra para uma posição diferente», defende.
Recorde-se que o agora ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, deixou ontem a Assembleia da República em apoteose depois de ter encostado os dedos indicadores junto à testa, como que a simular chifres, em resposta a um aparte do deputado do PCP Bernardino Soares.
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