«O país continua a carecer de infra-estruturas, que reduziram 6% em 2006 e que se espera que voltem a descer 3% em 2007», adiantou Joaquim Fortunato a partir das conclusões do Relatório da AECOPS, que aponta também para uma descida de 16,4% nos concursos adjudicados e uma redução de trabalhadores do sector na ordem dos 33 mil.
«As políticas anteriores centradas no controlo do défice público levaram também a um défice de investimento», adiantou o presidente da AECOPS, para quem «os constantes avanços e recuos nos grandes projectos prejudicam o sector da construção».
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Economia teria crescido 3% se sector estivesse «apenas estagnado»
Também presente no evento que decorreu na FIL de Lisboa, o ministro das Obras Públicas Mário Lino reconheceu que «o sector da construção está em queda» e adiantou que «caso o sector da construção se tivesse mantido estagnado, em vez de um crescimento de 1,3% o país teria chegado a pelo menos uma subida de 3%» no Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo o ministro das Obras Públicas, o código dos contratos públicos (que está prestes a ser concluído), a alteração em curso do regime dos alvarás e «a continuação de uma política de controlo orçamental» são questões «prioritárias» para o futuro do sector.
Mais 200 quilómetros de estradas previstos para 2007
Para se justificar sobre a descida de 245 milhões de euros em investimento público no ano passado, Mário Lino enumerou os grandes projectos em curso que passam pelo novo aeroporto, as ligações ferroviárias entre Lisboa-Porto e Porto-Vigo até 2013, a criação de 11 plataformas multimodais até ao mesmo ano e o plano de renovação rodoviária. Neste campo, «estão em curso novos 400 quilómetros em IP e IC e, até ao fim deste ano, estão previstos mais 200 quilómetros em vias rodoviárias», lembrou o ministro.
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