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Petróleo com espaço para descer ainda mais em 2009

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OPEP defende barril a rondar os 70 dólares

Os preços do petróleo têm margem para cair mais e as estimativas dos economistas apontam para que estes permaneçam baixos no início do próximo ano, disseram à Agência Financeira.

Para o economista e administrador da Informação de Mercados Financeiros (IMF), Filipe Garcia, visto que o petróleo já esteve entre os 10 e os 40 dólares até há quatro anos, e que só a partir daí os preços subiram, voltar a essas cotações não seria de estranhar. Assim, o responsável diz que «espaço para que os preços do petróleo continuem a descer não falta».

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E a mesma opinião tem a economista do BPI, Teresa Gil Pinheiro. «Os preços da matéria-prima no início do ano vão continuar claramente baixos e possivelmente, na maior parte do ano, a tendência será esta», afirmou, acrescentando que essa tendência «poderá inverter quando começarem a haver sinais de recuperação ou de alguma estabilidade económica».

Preços baixos não pode durar muito

Mas o petróleo não pode ficar barato por muito tempo. De acordo com Rui Constantino do Banco Santander, as análises disponíveis revelam que, «numa óptica de longo prazo, a procura deverá permanecer forte, e as mais recentes descobertas de novas reservas revelam que os custos de produção estão a aumentar».

Já Filipe Garcia admite também que o mercado está a descontar preços mais altos no futuro.

«Aliás, essa é uma questão que dificulta muito o investimento em petróleo para o médio e longo prazo já que o contango é muito elevado», acrescentou o economista à AF.

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Quanto ao momento de inversão dos preços, é uma incógnita. «Há ainda uma incerteza quanto ao momento de inversão devido ao abrandamento económico», rematou Teresa Gil Pinheiro.

Recorde-se que a 11 de Julho, o barril de petróleo chegou a custar 147,50 dólares, preço que muitos analistas consideravam justificados pela especulação. Agora, os preços estão abaixo dos 50 dólares.

«A evolução dos preços reflecte uma quebra, verificada e antecipada da procura, bem como o esvaziamento de uma bolha que se sentiu durante o Verão de 2008», referiu o economista Rui Constantino.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), reunida esta quarta-feira na Argélia, decidiu cortar a produção diária de crude dois milhões de barris. O cartel defende preços a rondar os 70 dólares por barril.

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