A aposta, além do mercado ibérico, está nos mercados brasileiro e da restante América Latina. Para o sublinhar, o responsável, que falou no seminário sobre relações empresariais entre Portugal e Espanha da Universidade Moderna, em Lisboa, aludiu às quotas de receitas do grupo em 2006: se Portugal e Espanha representam 40 por cento, o México atinge os 17%, o Brasil 16% e a Venezuela 4%.
Sobre a estratégia futura do grupo, o administrador da Media Capital considerou que os objectivos passam por manter a quota de mercado de televisão, «expandir as vendas de conteúdos audiovisuais, aumentar o peso das receitas não publicitárias e potenciar o impacto do digital».
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Neste ponto, Juan Herrero referiu que o grupo «vai fazer grandes investimentos na área da Internet». Além disso, conta «rentabilizar ou alienar os negócios não estratégicos».
Defende a não atribuição de mais TV em sinal aberto
Na sua perspectiva para este ano, o grupo Prisa conta que o mercado publicitário português nos media cresça na ordem dos 2% e volte a assumir-se como «um sector com fraco crescimento».
Os principais desafios do grupo passam, segundo Juan Herrero, pela defesa «da não atribuição de mais televisões em sinal aberto, porque a publicidade não cresce».
«Um eventual novo player no sector seria difícil de rentabilizar e afectaria negativamente todo o sector», acrescentou.
Além disso, a Media Capital, que detém a TVI, espera «reduzir a concorrência desleal da RTP, que deve manter o foco num serviço verdadeiramente público», e que seja revista a Lei da Publicidade «para se adequar às normas da União Europeia», sublinhou o administrador.
A lista de desafios do grupo passa ainda por ajudar na «definição de um quadro regulatório adequado para a televisão por cabo, a revisão da Lei da Rádio» e «garantir um rápido mas consistente lançamento do projecto de Televisão Digital Terrestre», concluiu Juan Herrero.
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