O deputado social-democrata Miguel Frasquilho garantiu esta quinta-feira que o programa económico apresentado pelo PSD «é sério», desafiando o Governo a revelar que contas fez para dizer que o défice chegaria aos cinco por cento.
«Lançamos aqui um repto ao Governo para dizer que contas fez», afirmou Miguel Frasquilho, em declarações aos jornalistas no Parlamento, numa reacção às críticas do Governo às medidas apresentada quarta-feira pela líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, para fazer face à crise económica e financeira.
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No final do Conselho de Ministros, depois de interrogado se o Governo vai considerar as medidas apresentadas por Manuela Ferreira Leite, o ministro da Presidência considerou que o programa económico da presidente do PSD é um «exercício de irresponsabilidade», uma «chuva de milhões de euros» sem quantificação e unicamente destinado à recomposição da imagem da líder social-democrata.
«A drª Manuela Ferreira Leite apresentou uma verdadeira chuva de milhões, que é sempre muito fácil de fazer na oposição, prometendo tudo a toda a gente. Mas a presidente do PSD não foi capaz de quantificar o custo de cada uma das medidas», sustentou o ministro da Presidência.
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Pedro Silva Pereira reconheceu que Manuela Ferreira Leite apresentou uma estimativa global das suas propostas na ordem dos 1500 milhões de euros, «que só por si faria o défice orçamental chegar aos cinco por cento».
«Mas [a presidente do PSD] não quantificou o custo de cada uma das medidas que apresentou. Basta percorrermos quatro ou cinco medidas das que apresentou para se chegar a um valor que ultrapassa facilmente os tais 1500 milhões de euros», sustentou Pedro Silva Pereira.
Confrontado com estas críticas, Miguel Frasquilho garantiu que as propostas apresentadas pela líder social-democrata são «muito válidas» e destinam-se a apoiar as empresas e o mercado de emprego. «São medidas que terão um impacto imediato no tecido produtivo, empresarial e no emprego».
Pelo contrário, continuou, as medidas que o Governo já apresentou são centradas no investimento público, ou seja, «não ajudam a economia no imediato».
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O programa de apoio às pequenas e médias empresas apresentado quarta-feira pela líder do PSD é composto por vinte medidas que, segundo a própria Manuela Ferreira Leite, terão um custo de aproximadamente «um por cento do Produto Interno Bruto» (PIB).
«Nós temos um cálculo feito sobre o conjunto de medidas, que anda à roda de um por cento do PIB, portanto, 1500 milhões de euros», afirmou, em declarações aos jornalistas no final da apresentação do programa.
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