Artur Santos Silva acredita que a recessão é uma oportunidade para as Pequenas e Médias Empresas (PME) e garante que as mais inovadoras são as que vão resistir.
«Vejo esta recessão como uma oportunidade. Todas as crises podem e devem ser aproveitadas e, por isso, as empresas mais inovadoras têm suporte para resistir mais», disse o presidente da COTEC Portugal.
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Segundo o responsável, «há muito capital de risco disponível, mas falta iniciativa», disse depois de lembrar que na última década têm-se assistido, mesmo assim, «a uma grande mudança no tecido empresarial português».
Para Artur Santos Silva, o empreendedorismo é «uma resposta ao combate ao desemprego» e quem é inovador «tem mais sucesso à sua frente», atirou à margem da apresentação do estudo «Empreendedorismo e Inovação nas PME em Portugal».
Empresas da Rede PME Inovação representam 20% do PIB
O presidente da COTEC lembrou ainda que actualmente 101 empresas fazem parte da Rede PME Inovação, que representam cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB).
«O objectivo é aumentar, sem limites, o número de PME nesta rede», disse, apesar de não adiantar números.
O também fundador e presidente não executivo do BPI disse ainda que «a União Europeia em 2000 (na altura ainda a 15), tinha como objectivo dedicar 3% do PIB nacional a ID». Portugal, nessa altura, contava apenas com 0,7% e a União Europeia com 1,8%. «Em 2007, a U.E mantinha o mesmo valor e Portugal estava já no patamar dos 1,2%», assegurou.
Ao todo, o grupo de 101 empresas que integram esta rede distribuem-se por 19 sectores de actividade. Representam globalmente um volume de negócios de mais de 700 milhões de euros, sendo que quase metade do mesmo valor advém de exportações. Investem em média, cerca de 7% do volume de negócios em despesas de investigação, desenvolvimento e inovação.
Recorde-se que Portugal subiu, em 2008, cinco lugares no ranking europeu de inovação, situando-se no 17º lugar, sendo que em 2006 e em 2007 ocupava a 22ª posição.
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