O brent negociado em Londres recuou ontem para os 53 dólares por barril, o seu mínimo desde Junho de 2005. O tempo ameno no Nordeste dos EUA e a ausência de razões que justifiquem um significativo prémio especulativo, explicam esta inversão da trajectória do preço do crude, que desde o início de Dezembro já perdeu 17%. A desvalorização do dólar também ajuda à poupança na factura petrolífera, noticia o «Diário de Notícias».
Comparando o preço do petróleo praticado há um ano e a cotação de ontem, o custo diário da aquisição no mercado internacional dos cerca de 350 mil barris diários consumidos em Portugal passa de 21,3 milhões de euros para 17,9 milhões de euros. Embora a maior fatia desta poupança seja explicada com a desvalorização do crude, que entre 9 de Janeiro de 2006 e ontem caiu mais de oito dólares por barril, quase metade desta economia é explicada pelo efeito da desvalorização do dólar - moeda usada para comprar crude - face ao euro.
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O efeito cambial na poupança diária de 3,5 milhões de euros é da ordem dos 1,2 milhões de euros, cerca de 36% do total.
O impacto da descida do petróleo é mais significativo quando comparamos os máximos atingidos em Agosto - 78,4 dólares por barril - e a cotação de ontem. Entre estas duas datas, o custo diário da factura petrolífera - que traduz a importação diária de 350 000 barris por dia - baixou 6,9 milhões de euros.
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