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Campo Pequeno sob o feitiço da lua dos Moonspell

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Álbum duplo foi apresentado perante uma alcateia de fãs que uivou aos 20 anos de carreira da banda

Noite de lua cheia no Campo Pequeno, em Lisboa, para o concerto de apresentação oficial ao vivo do novo álbum duplo dos Moonspell. A alcateia de dedicados fãs da banda portuguesa pintou de negro a plateia e as bancadas da arena com os típicos trajes de mais uma festa de metal. E, em palco, o quinteto mostrou os dois lados da sua música, desde a agressividade e visceralidade de «Alpha Noir» até à melodia sombria de «Omega White».

O desafio estava anunciado desde há muito: interpretar na íntegra os dois discos acabados de chegar às lojas. A «confiança à prova de bala» na música e nos fãs, como anunciou o vocalista Fernando Ribeiro, foi testada durante mais de duas horas e o resultado foi feliz.

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Mesmo que naturalmente ainda não estejam entranhadas nos fãs, as novas canções foram bem recebidas, com especial destaque para o single «Lickanthrope», «Em Nome do Medo» e «Grand Stand», na primeira parte do concerto, e para «White Skies» e «Herodisiac», na segunda metade da atuação.

Ainda assim, as maiores explosões de energia vindas da plateia aconteceram, sem surpresas, ao som de alguns dos temas já incontornáveis na discografia dos Moonspell. «Vampiria», «Alma Mater», «Opium» e «Full Moon Madness», todos eles resgatados à década de 1990, foram sem dúvida as passagens que mais entusiasmaram os fãs.

Prometida estava também a maior produção de sempre da banda. Dividido em duas partes distintas, e com um intervalo pelo meio, o concerto arrancou com um Fernando Ribeiro qual gladiador, de capacete e espada, pronto para conquistar a arena com «Axis Mundi». Os efeitos pirotécnicos tiveram na poderosa «Em Nome do Medo» o seu ponto alto, com chamas de fogo a aquecerem ainda mais uma canção já por si incendiária.

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No regresso ao palco depois de um demorado interlúdio, e num cenário em que a parede maciça de amplificadores foi substituída por telas de vídeo, os Moonspell surgiram acompanhados de duas das cantoras das Crystal Mountain Singers e de dois dos violoncelistas dos Opium Diabolicum.

«Menos eletricidade, mais poesia», lançou Fernando, descrevendo um segundo ato mais introspetivo, mais próximo do metal gótico, e que, tal como em «Omega White», serviu para prestar homenagem «àqueles que já partiram». «New Tears Eve», com neve artificial sobre o palco, saiu com dedicatória direta a Peter Steele, falecido vocalista dos Type O Negative e uma das mais óbvias influências desta faceta dos Moonspell.

A noite de celebração de mais um capítulo de sucesso para a banda portuguesa não poderia ter terminado sem os uivos à lua cheia de «Full Moon Madness». Há 20 anos «sob o feitiço da lua», e 16 anos volvidos sobre a gravação do emblemático tema, os Moonspell fecharam em grande um espetáculo que também serviu para comemorar as duas décadas de carreira de uma das mais internacionais bandas portuguesas.

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Alinhamento do concerto:

1. Axis Mundi

2. Lickanthrope

3. Versus

4. Alpha Noir

5. Em Nome do Medo

6. Opera Carne

7. Love is Blasphemy

8. Grand Stand

9. Sine Missione

10. Finisterra

11. Night Eternal

12. Wolfshade (A Werewolf Masquerade)

13. Vampiria

14. Alma Mater

- Intervalo -

15. White Omega

16. White Skies

17. Fire Season

18. New Tears Eve

19. Herodisiac

20. Incantatrix

21. Sacrificial

22. A Greater Darkness

23. Opium

24. An Erotic Alchemy

25. Raven Claws

26. Scorpion Flower

27. Full Moon Madness

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