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Virgem Suta: um «Doce Lar» com mais sal e pimenta

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Dupla alentejana está de regresso com um segundo disco que voltou a ser produzido por Hélder Gonçalves, dos Clã

A canção popular e a pop rock voltam a ser cruzadas no segundo disco dos Virgem Suta. A dupla alentejana está de volta com «Doce Lar», conjunto de canções com os seus próprios refúgios e zonas de conforto. Uns mais doces que outros.

«Todas as canções falam de uma zona de conforto de todos os intervenientes que fazem parte delas. Mas esta zona de conforto não é igual para todos: vai desde o banco de jardim até uma casa que é vivida com grande luxo ou até casas que não têm teto», afirmou Jorge Benvinda em entrevista ao IOL Música.

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O vocalista dos Virgem Suta explicou que «fazia sentido ironizar [o título do disco] porque na realidade este "doce" não é assim tão doce para todos».

«Para alguns é muito doce e é muito bom ter um determinado conforto, mas para outros é super desconfortável viver onde vivem e da forma que vivem», acrescentou.

Na preparação do novo disco, os Virgem Suta também entraram em terrenos menos familiares, mas foram os novos desafios no laboratório do estúdio que fizeram a banda crescer.

«A única forma como conseguimos fazer as coisas é crescer rapidamente e tentar superar as expectativas e os receios e deitar cá para fora coisas [novas]», disse Jorge sobre os desafios na composição do novo álbum.

«O penico até soava bem»

Na exploração de novos caminhos sonoros, momentos houve em que os instrumentos convencionais ficaram de lado e deram lugar a outros timbres. De tachos e panelas a caixas de chã, passando mesmo por penicos.

«Neste caso o penico até soava bem. Naquele contexto tinha o timbre fixe e nós aproveitámos», recordou o guitarrista Nuno Figueiredo.

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Ao leme deste «Doce Lar», Jorge e Nuno contaram novamente com a companhia de Hélder Gonçalves. O músico dos Clã é o produtor de eleição de uma dupla que fará tudo para voltar a repetir a parceria.

«Ele é o nosso produtor de sonho. Sempre foi, desde que ele editou o "Lupa", do Sérgio Godinho, com o Nuno Rafael. Nós ainda estávamos na garagem, ainda antes de irmos ao Hard Club e de o conhecermos. E aconteceu: já temos o segundo trabalho com ele», disse Jorge Benvinda sobre uma experiência a repetir. «Só [não acontecerá] se ele abdicar de nós», afirmou entre risos.

«Mais sal e pimenta nas letras»

O resultado final de «Doce Lar» mostra um disco que fala sobre o que é ser português ao mesmo tempo que atualiza e eletrifica o som dos Virgem Suta depois de dois anos de muita estrada.

«Experimentámos sintetizadores, temos mais guitarras elétricas e ritmos diferentes. Mais coros também. E foi o que aconteceu, deu num disco se calhar um bocadinho mais elétrico, mais energético desse ponto de vista porque tem mais eletricidade lá dentro, e com mais sal e pimenta nas letras», resumiu Nuno Figueiredo.

Com o disco nas lojas, o tempo agora será de voltar à estrada e a agenda de concertos começa já a tomar forma. Em junho há atuações marcadas em Arraiolos (dia 7), Vila Nova de Mil Fontes (dia 9) e Serpa (dia 12), e em julho a dupla participará no festival Marés Vivas, em Gaia. Mas o próximo espetáculo acontece já esta quarta-feira em Lisboa, no TMN ao Vivo, a partir das 21h30.

«Nós sentimos sempre a adrenalina de mostrar o disco e agora de tocar as canções. O "filho" nasceu e vai ser muito acarinhado e super bem defendido. Vamos agarrar-nos ao disco com unhas e dentes e o nosso objetivo agora é tocá-lo e divertirmo-nos imenso com ele», prometeu Jorge.

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