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Aula Magna conheceu a «nova» PJ Harvey

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Apresentação ao vivo do novo álbum, «Let England Shake», revelou uma cantora mais sóbria e nem mesmo os temas mais antigos escaparam aos arranjos para auto-harpa

Surgiu como uma figura sombria, de longo e negro vestido, a fazer lembrar a bruxa Malévola da história da Bela Adormecida, mas foi recebida como uma heroína mal pisou o palco da Aula Magna. PJ Harvey regressou esta quarta-feira a Lisboa para o primeiro de dois concertos já esgotados há algum tempo, tal era a vontade do público português em rever a cantautora inglesa em acção.

Quem estava à espera da energia do rock de mini-saia que animou, por exemplo, o Festival Vilar de Mouros em 2004, poderá ter estranhado o registo mais sóbrio que Polly Jean adoptou para a apresentação ao vivo de «Let England Shake», o novo álbum editado em Fevereiro.

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O oitavo longa-duração a solo de PJ Harvey foi, de resto, a peça central de um concerto que arrancou ao som do tema título do disco. De um lado, a cantora munida de uma auto-harpa e sob um foco de luz branca. Do outro, e a meia-luz, a banda de três elementos que durante cerca de uma hora e meia habitou na amálgama de instrumentos - John Parish (guitarra e piano), Mick Harvey (guitarra, baixo e piano) e Jean-Marc Butty (bateria e percussão).

«The Devil», do anterior «White Chalk» (2007), e «The Sky Lit Up» e «The River», resgatadas de «Is This Desire?», de 1998, romperam com o monopólio do novo álbum sobre a primeira metade do concerto. As palmas e o entusiasmo com que foram recebidas mostravam que havia muita gente pronta para recordar temas mais antigos.

Ainda assim, e apesar de menos celebradas, «The Guns Called Me Back Again», «Written On The Forehead» e «The Glorious Land» mostraram algumas das melhores passagens ao vivo de «Let England Shake».

O primeiro «obrigado» da noite só surgiu na primeira saída de palco da banda, volvidos 70 minutos de canções. Poucas palavras para uns; música suficientemente boa para necessitar de conversas extra, diriam outros.

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A espontaneidade que faltou a PJ Harvey esta noite foi compensada com a excelência instrumental da inglesa e do trio que a acompanhou. E mesmo um «Big Exit» com arranjos para auto-harpa não se livrou de ser o momento mais aplaudido da noite.

Alinhamento do concerto:

1. Let England Shake

2. The Words That Maketh Murder

3. All And Everyone

4. The Guns Called Me Back Again

5. Written On The Forehead

6. In The Dark Places

7. The Devil

8. The Sky Lit Up

9. The River

10. The Glorious Land

11. The Last Living Rose

12. England

13. Pocket Knife

14. Bitter Branches

15. On Battleship Hill

16. C'mon Billy

17. Hanging In The Wire

18. The Colour Of The Earth

Encore

19. Big Exit

20. Angelene

21. Silence

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