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Governo do Malawi acusa Madonna de «bullying» e «chantagem»

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Cantora reclamou não ter recebido tratamento VIP na sua recente visita ao país. A presidente do Malawi recusa «eterna gratidão» a Madonna

O governo do Malawi acusou Madonna de «chantagem» e «bullying» depois de a cantora ter reclamado por não receber tratamento VIP na sua mais recente visita ao país. Num comunicado emitido na quarta-feira, o gabinete da presidente Joyce Banda recusou a ideia de que Madonna merece qualquer tipo de estatuto especial independentemente do seu trabalho humanitário no Malawi.

«Madonna não veio ao Malawi a convite da presidente nem do seu governo. (...) Madonna adotou duas crianças do Malawi e este foi visto como um gesto humanitário. Portanto, é estranho e deprimente que, por um gesto humanitário feito pela sua própria vontade, Madonna pense que o Malawi está eternamente preso à obrigação de gratidão», escreveu o assessor de imprensa da presidente Joyce Banda.

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Segundo o jornal «The Telegraph», Madonna chegou ao Malawi na segunda-feira da passada semana, dia 1 de abril, na companhia dos seus filhos, incluindo as duas crianças naturais deste país africano (David e Mercy James). A cantora foi inicialmente recebida com tratamento VIP, sendo transportada de limusine desde o avião até uma sala especial no aeroporto.

Mas no sábado, as autoridades recusaram este tipo de procedimento, e Madonna e os seus filhos, bem como toda a equipa que os acompanharam, tiveram de passar pelo mesmo processo de segurança que qualquer outra pessoa no aeroporto.

A cantora e o seu porta-voz terão expressado a sua irritação contra a situação, alegando que Madonna tem feito muito para ajudar o Malawi, incluindo a construção de escolas.

O comunicado do governo do Malawi esclareceu que a organização fundada por Madonna, a Raising Malawi, «construiu salas de aulas» e não escolas inteiras.

«Entre as muitas coisas que Madonna precisa de aprender urgentemente é ter a decência de dizer a verdade. O facto de ela dizer ao mundo inteiro que está a construir escolas no Malawi, quando apenas contribuiu para a construção de salas de aula, não é compatível com o comportamento de uma pessoa que pensa merecer tratamento especial.»

No comunicado, o gabinete da presidente Joyce Banda acrescentou que «a bondade deve ser gratuita e anónima»: «Se não puder ser gratuita e silenciosa, então não é bondade, é outra coisa bem diferente. Está mais perto da chantagem».

«[Esta situação] diz muito sobre uma artista que desesperadamente pensa que é correto criar atenção ao fazer "bullying" contra membros do governo [do Malawi] em vez de tocar música decente em palco.»

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