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Entrevista: «A crise inspira os Peste & Sida»

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Banda de punk rock celebra 25 anos de carreira e acaba de lançar o novo álbum, «Não Há Crise»

No ano em que comemoram 25 anos de existência, os Peste & Sida estão de volta com um novo álbum de estúdio. «Não Há Crise» é a resposta da banda aos tempos difíceis que Portugal atravessa actualmente.

«Estes momentos de crise são óptimos porque são inspiradores para os Peste & Sida. Todos estes anos em que os nossos políticos andaram a encher [os bolsos] e a governarem-se a eles e aos partidos deles - mais do que a governarem os portugueses - são uma excelente fonte de inspiração para nós», afirmou João San Payo ao IOL Música.

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«Não Há Crise» é o primeiro disco dos Peste & Sida em quatro anos e mantém o espírito crítico e mordaz que sempre caracterizou uma das maiores referências do punk rock nacional.

Musicalmente, o baixista e vocalista acredita que o álbum «mantém uma linha bastante eclética» com «um bocadinho de ska, de reggae, mas tudo sempre com um espírito rock», explicou João.

«Era um disco urgente, acho que chegou em muito boa altura tendo em conta o panorama em que vivemos. É um disco super actual sem deixar de ser Peste & Sida», acrescentou o baterista Sandro Oliveira.

O disco chega agora às lojas, mas os últimos anos não foram fáceis para os Peste & Sida, que voltaram a perder um importante membro na sua formação, o vocalista João Pedro Almendra.

«Ele já não estava com muita vontade para estar nos Peste & Sida e mais uma vez tivemos de reformular a formação e isso acabou por atrasar, em termos criativos, a produção», revelou João San Payo.

«Depois tínhamos de pensar no que queríamos fazer. Podíamos estar a debitar temas, mas queríamos fazer um álbum, um álbum com unidade. E estamos contentes com o resultado final», disse o músico, comparando o novo disco aos «melhores trabalhos dos Peste & Sida», como «Veneno» (1987), «Portem-se Bem» (1989) ou «Cai no Real» (2007).

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Até ao final do ano, as celebrações dos 25 anos dos Peste & Sida vão ficar marcadas por mais dois lançamentos especiais: um disco de tributo com a participação de várias bandas nacionais e um livro biográfico, da autoria de Augusto Figueira e Renato Conteiro, que percorre a carreira do grupo criado em 1986.

«Os autores contactaram mais de cem pessoas de alguma maneira ligadas à família Peste & Sida, entre músicos, ex-músicos, técnicos, pessoal de estrada e pessoal de editoras. O livro tem coisas muito engraçadas, faz uma viagem pelos vários anos e pelas várias formações da banda», adiantou João, actualmente o único elemento fundador que ainda integra o grupo.

«É mais uma maneira de reconhecerem o nosso trabalho e o esforço que temos feito para mantermos a chama desta banda acesa. É gratificante.»

João San Payo revelou o desejo de fazer um concerto com os elementos que passaram pelos Peste & Sida ao longo dos anos, mas, para já, mais do que recordar o passado, a banda quer apostar no presente e apresentar o novo disco pelo país fora.

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«Eu gostava de fazer isso em grande, já tenho essa ideia desde há uns tempos. Talvez este ano, mas não sei. É uma produção que não é fácil de pôr em pé, mas queríamos muito fazer isso. Para já, o mais importante realmente é dar a conhecer o "Não Há Crise" à malta», contou.

Os próximos concertos dos Peste & Sida:

7 de Maio - Santiago Alquimista, Lisboa (22h00)

11 de Maio - Fnac Almada (22h00)

13 de Maio - Fnac Cascais (22h00)

14 de Maio - Arruda Rocks, Arruda dos Vinhos (01h00)

21 de Maio - Fnac Shopping Guia, Loulé (17h00)

27 de Maio - Galeria do Desassossego, Beja (22h00)

28 de Maio - Sala Mercantil, Badajoz [Espanha] (22h00)

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