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Arcade Fire no SBSR: Meco recebeu festa adiada há 6 meses

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Banda canadiana mostrou ser máquina bem oleada no concerto mais esperado do segundo dia do festival

A espera foi longa, mas acabou por compensar. Durante seis longos meses, desde o cancelamento do concerto dos Arcade Fire no Pavilhão Atlântico, os fãs portugueses tiveram de contentar-se com as imagens gravadas noutros países de uma digressão que deveria ter arrancado em Lisboa.

Este sábado, no Meco, não houve cimeira da NATO que impedisse a banda canadiana de assinar uma intensa e festiva actuação que juntou 30 mil pessoas em volta do palco principal do Super Bock Super Rock.

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«A ONU e a Rússia pediram para cá tocarmos. A China ainda tentou interferir mas aqui estamos nós», brincou Win Butler, figura central (mas sem vedetismos) de uma verdadeira orquestra de oito multi-instrumentalistas que tornam qualquer concerto numa experiência memorável.

«Ready To Start», «No Cars Go», «Haïti» e «Neighborhood #1 (Tunnels)» entusiasmaram tanto os fãs como os próprios Arcade Fire, que aos poucos foram percebendo que este não seria um concerto normal.

«De vez em quando damos um concerto que nos relembra por que começámos a fazer isto», exclamou Win num dos vários elogios à prestação do público português. O vocalista principal dos Arcade Fire chegou mesmo a dizer que «alguém em Portugal devia abrir uma empresa para ensinar como ser uma boa plateia».

A faltar terão ficado apenas melhores condições sonoras, com muita gente a queixar-se da pouca projecção do som saído das colunas em palco. Força não faltou nas gargantas dos milhares de fãs na hora de entoar os cânticos no refrão de «Wake Up», já na recta final de um espectáculo com cerca de 90 minutos de duração.

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Régine Chassagne, que não raras vezes tomou conta da segunda bateria, deu voz ao derradeiro tema da noite, um «Sprawl II (Mountains Beyond Mountains)» virado para a dança e que voltou a levar o alinhamento ao mais recente álbum, «The Suburbs», já depois de outros bons apontamentos, como o frenético «Month of May».

A saída de palco, depois da vénia de agradecimento, fez-se com sorrisos rasgados de parte a parte. Banda e público tinham acabado de escrever uma bonita página de uma história de amor que promete ter novos capítulos no futuro.

Portishead e Legendary Tigerman em alta

O segundo dia de festival teve também como heróis os Portishead, grupo arredado há anos de festivais em Portugal. O mais recente álbum, «Third», tinha sido apresentado em 2008 nos coliseus do Porto e de Lisboa, e foi agora a vez de chegar até uma plateia de 30 mil pessoas.

O arranque foi feito ao som de «Silence», sujo e corrosivo com guitarras distorcidas por detrás da batida hipnotizante e da melódica voz de Beth Gibbons. Mas tal como esperado, «Glory Box» e «Roads» acabaram por ser os temas mais aplaudidos por uma multidão que conhece melhor a primeira (e bem sucedida) vida dos Portishead.

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Já antes, perto das 22h10, The Legendary Tigerman tinha levado os blues e o rock 'n' roll à extremidade oposta do recinto, no Palco EDP. E desta vez sem convidadas fisicamente presentes, encarando a plateia em completa versão «one man band». O público gostou e mais uma vez fez de Paulo Furtado «um homem feliz».

Em dia grande para os artistas portugueses, The Gift, Rodrigo Leão, Noiserv e B Fachada estiveram em bom plano, mostrando que não foram ao Super Bock Super Rock para tapar buracos num cartaz suficientemente equilibrado.

Este sábado, o festival termina a sua 17ª edição e o destaque vai para as actuações dos Strokes, Slash, Brandon Flowers, Elbow, Ian Brown, Paus e X-Wife.

Os horários dos concertos:

Palco Super Bock

- The Strokes (00h35)

- Slash (23h05)

- Elbow (21h45)

- Brandon Flowers (20h15)

- X-Wife (19h15)

Palco EDP

- The Vaccines (23h45)

- Ian Brown (22h25)

- Junip (21h10)

- Paus (20h00)

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@Meco

- Ricardo Villalobos (03h30 - 06h00)

- João Maria + Zé Salvador (01h00 - 03h30)

- Sascha Dive (23h30 - 01h00)

- Guillaume & The Coutu Dumonts (22h30 - 23h30)

- Kayser + Henriq (21h00 - 22h30)

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