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Protesto de pescadores chega a Belém

Falta de meios de salvamento leva abaixo-assinado à Presidência da República

O mestre de uma embarcação de pesca de Vila do Conde desloca-se quinta-feira à Presidência da República para entregar um abaixo-assinado por melhores condições de segurança, após o naufrágio de um barco sexta-feira na Nazaré, noticia a Lusa.

Em declarações à agência Lusa, o mestre José Festas afirmou que preside a uma comissão designada «pró-segurança maior dos homens do mar», criada após o naufrágio de sexta-feira na Nazaré, para reclamar mais meios de vigilância e socorro.

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Segundo José Festas, o documento tem «400 assinaturas de mestres que representam 10.000 pescadores». O abaixo-assinado é também subscrito pelos presidentes das câmaras municipais de Vila do Conde e Póvoa de Varzim e respectivas juntas de freguesia.

Este documento exige mais homens nos salva-vidas, 24 horas por dia, melhores salva-vidas, «como na vizinha Espanha», meios aéreos «necessários 24 horas por dia», prontos a actuar, pessoal no controlo em permanência, a criação de postos de salvamento ao longo de toda a costa com pessoas especializadas e com todos os meios necessários para se efectuarem os salvamentos e a construção de pelo menos três barcos salva-vidas para vigiarem o mar de Norte a Sul do país.

A Câmara de Peniche defendeu terça-feira que os portos de pesca devem ser dotados de meios de socorro modernos e céleres, associando-se a pescadores que também fazem aquela exigência ao Governo.

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Durante as operações de resgate do barco foram usadas máquinas de rasto para retirar as redes que se encontravam junto à embarcação e que, a par das condições adversas do estado do mar nos últimos dias, contribuíram para aumentar as dificuldades do resgate da embarcação.

A Câmara Municipal da Nazaré defendeu hoje o reforço dos meios humanos e materiais de socorro, sediados em cada porto marítimo nacional, para fazer face a situações de naufrágio na costa portuguesa.

Em reacção ao naufrágio do barco de pesca, «Luz do Sameiro», a autarquia considerou que o acidente «trouxe ao de cima todas as fragilidades que o sistema de socorros a náufragos tem neste momento».

Nos últimos dias, foram várias as vozes que se levantaram contra a alegada demora no socorro às vítimas do naufrágio do «Luz do Sameiro». O próprio ministro da Defesa pediu que fossem averiguados os factos relacionados com o naufrágio, nomeadamente em relação aos procedimentos da Marinha e da Força Aérea.

O Sindicato dos Trabalhadores da Pesca da Zona Sul considerou hoje existirem poucos meios em Portugal para socorrer acidentes no mar, defendendo a distribuição na orla costeira nacional de aeronaves adequadas a salvamentos marítimos.

«O problema é a falta de meios em terra para socorrer casos como o da Nazaré. Não se admite que, para situações destas, tenha de ir um helicóptero do Montijo, que demorou quase duas horas a chegar ao local do naufrágio», censurou o sindicalista Carlos Espadinha.

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