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Um morto e cinco desaparecidos

Naufrágio de pesqueiro ao largo da Nazaré. Um homem foi resgatado com vida. Autoridades têm poucas esperanças de encontrar mais sobreviventes. Críticas aos atrasos do helicóptero de socorro

As autoridades têm poucas esperanças de encontrar com vida os cinco desaparecidos de um barco que naufragou esta sexta-feira ao largo da praia da Légua, Pataias, devido à baixa temperatura da água, disse o comandante da capitania da Nazaré, citado pela Lusa.

Segundo o comandante José Miguel Neto, a temperatura da água do mar é de dez graus, pelo que é muito difícil o ser humano sobreviver muito tempo dentro de água.

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O barco «Luz do Sameiro» naufragou hoje de manhã a cerca de 50 metros da praia, pelo que o responsável da capitania suspeita que se tenha tratado de algum problema de motor ou que as redes tenham ficado presas nas hélices.

Segundo o comandante, o centro de coordenação de busca e salvamento de Lisboa foi avisado pelo próprio barco por um sinal emitido quando ocorrem anomalias deste tipo.

O barco foi avistado pela primeira vez cerca das 08:00 por José Saldanha, um pescador que tinha chegado há pouco à praia da Légua, tendo avisado logo de seguida dois nadadores-salvadores que residem nesta povoação.

Os dois nadadores-salvadores, Luís Cardeira e Hugo Henriques, mergulharam no mar e fizeram ainda duas tentativas para resgatar os tripulantes do barco, que estava na altura encalhado na areia.

Quatro tripulantes estavam presos, pelos braços, à amurada do barco, e um deles, um ucraniano com cerca de 40 anos (que acabaria por ser resgatado com vida), ainda respondeu aos nadadores.

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«Nós ainda tentámos ir ao barco, mas estava muito gasóleo e as redes impediram-nos de lá chegar», recordou Luís Cardeira.

Críticas ao atraso dos meios de socorro

Os dois nadadores, bem como vários populares, criticam a demora na chegada do helicóptero da força aérea ao local.

«Duas horas é muito tempo, se eles viessem mais cedo, tinham-nos tirado de lá», disse Hugo Henriques.

O comandante José Miguel Neto afirmou no entanto que o helicóptero foi avisado às 08:45 e às 10:00 estava a retirar o tripulante ucraniano ainda com vida, pelo que o tempo gasto é considerado normal.

O tripulante ucraniano apresentava sinais de hiportemia e foi levado para o hospital de Leiria.

Segundo o comandante, o tripulante não sabia os motivos do acidente e disse apenas que estava a dormir quando se apercebeu da situação.

As autoridades suspeitam que dentro do navio ainda esteja pelo menos um corpo, podendo estar pelo menos mais um preso nas redes junto ao barco.

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Durante a tarde, quando a maré estiver vazia, o barco deverá ser rebocado para o areal.

Para o local do acidente já foram chamados os familiares dos tripulantes do barco, de Vila do Conde, e cujo armador já foi também contactado pelas autoridades.

O helicóptero da Força Aérea continua no local, tendo ido reabastecer cerca das 13:30.

Equipas da Polícia Marítima e dos bombeiros voluntários da Nazaré e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) estão a acompanhar as operações, realizando buscas na zona a norte do local do acidente.

Em situações de afogamento, os corpos costumam dar à costa no prazo de seis horas, ou então só 48 horas depois, devido ao processo de decomposição.

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