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Irão reage às sanções da ONU

Intensificando o seu programa nuclear e anunciando um afastamento da AIEA

O Irão reagiu à aprovação de sanções pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas intensificando o seu programa nuclear e anunciando um afastamento da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), escreve a Lusa.

O presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejah, afirmou que o Conselho de Segurança em breve lamentará ter imposto sanções e classificou a resolução como «um pedaço de papel» que não dividirá as fileiras do povo iraniano.

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O chefe de Estado iraniano considerou que, com a aprovação de sanções, o Ocidente desperdiçou a oportunidade de melhorar relações com o Irão e declarou que o Ocidente deve aceitar viver com um Irão nuclear e que «é do seu interesse viver ao lado de um Irão nuclear».

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohamad Ali Hoseini, advertiu que a AIEA não pode esperar ter do Irão o mesmo nível de cooperação depois da imposição de sanções pelo Conselho de Segurança.

O porta-voz da diplomacia iraniana garantiu que os direitos do povo iraniano serão defendidos e que o Irão «não fará marcha-atrás» (no dossier nuclear), acusando os Estados Unidos e o Reino Unido de estarem por detrás da resolução aprovada.

Ali Larijani, principal negociador iraniano para o dossier nuclear, em declarações ao diário Kayhan, e Allaeddine Borujerdi, líder da comissão parlamentar de Assuntos Estrangeiros e de Segurança Nacional, em declarações à rádio pública, anunciaram a decisão de iniciar hoje a instalação de 3 mil novas centrifugadoras na central nuclear de Natanz, como a resposta à decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas de impor sanções ao país.

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Ao mesmo tempo que os Estados unidos reclamam a aplicação imediata das sanções (a resolução do Conselho de Segurança dá um prazo de 60 dias ao Irão), o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Liu Jianchao, apelou a novas conversações com o Irão, avisando que as sanções não resolvem o conflito.

Num depoimento publicado no sítio Internet do ministério, Jianchao defende uma solução negociada e pacífica para a questão nuclear iraniana e considera que as sanções não resolvem o problema.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Índia considerou, em comunicado, que o Irão tem o «direito de prosseguir o seu programa nuclear para fins civis e pacíficos», recordando que o Irão assumiu a obrigação de que o seu programa nuclear serve apenas objectivos pacíficos.

Pelo contrário, o primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, manifestou-se satisfeito com a decisão do Conselho de Segurança de impor sanções ao Irão e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Tzipi Livni, considerou a resolução «um passo importante».

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