Um reforço na frente da segurança, numa altura em que aumentam os sinais que dão conta de um aumento da criminalidade em Portugal, diz o «Diário Económico».
O Orçamento do Estado para 2008 vai implicar um reforço de 46% na despesa de investimento para o Ministério da Administração Interna.
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Em 2008, o ministério liderado por Rui Pereira terá 93 milhões de euros para investir, mais 30 milhões que em 2007.
Este reforço de quase 50% surge na sequência daquele já feito em 2006, de cerca de 21%, dando assim prioridade à segurança, num contexto de aperto orçamental, uma bandeira habitualmente tornada prioritária por executivos de direita. «(A subida) não tem que ver com uma questão ideológica. Os orçamentos do Estado são cada vez menos ideológicos, e mais orientados para questões práticas e eleitorais», defende o politólogo Manuel Meirinho.
«A Administração Interna tem sido uma área com pouco investimento em infra-estruturas e equipamentos. Estava deficitária e é normal que seja reforçad», acrescenta. Já o politólogo André Freire sublinha o facto «curioso» de um governo de centro esquerda reforçar de forma consistente a área da segurança, «ideologicamente privilegiada pela direita».
Certo é que os quadros do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) referentes ao ministério que tutela as polícias, o SIS e a GNR em Portugal estão construídos e as verbas elencadas.
A grande responsável pelo aumento de 30% no dinheiro atribuído é a Lei de Programação de instalações e equipamentos das forças de segurança, publicada na semana passada, e que para 2008 prevê já um investimento de 62 milhões de euros, quase tanto como o aquilo que o ministério teve para investir em 2007 (63 milhões de euros).
Este dinheiro será canalizado para vários fins: compra de equipamentos e armamento, novas instalações, a criação de um novo sistema integrado de comunicações, entre outros.
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