Constança Cunha e Sá considera que com as negociações entre o PS e as forças mais à esquerda, o BE e o PCP, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa ganham “em qualquer dos tabuleiros”, quer consigam formar ou apoiar um governo socialista, quer esse cenário não se concretize e António Costa opte por uma coligação à direita.
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TVI24"Com estas negociações eles [Catarina Martins e Jerónimo de Sousa] ganham em qualquer dos tabuleiros porque das duas uma: ou conseguem formar ou apoiar um governo do PS e ganham, ou conseguem encostar António Costa à coligação e ganham na mesma pois vão ter um capital de queixa fortíssimo - ofereceram todas as condições a António Costa e este preferiu coligar-se com o governo da direita. [...] A mudança de posição do PCP e do BE já tem frutos garantidos."
Constança Cunha e Sá afirmou que o líder socialista "pode ficar na história" se conseguir um acordo com a esquerda, mas sublinhou que, neste cenário, será "muito difícil" arranjar um orçamento do agrado dos três partidos, sobretudo porque há "compromissos europeus" que o PS não prescinde.
"Dá-me ideia que tem de ficar assegurado pelo PS que à moção de rejeição ao programa de governo não se segue um orçamento do PS que não é aprovado por esses dois partidos. O que falta garantir é que PCP e BE aprovem algumas condições do PS em relação a esses compromissos europeus."
"Acho surrealista este braço-de-ferro entre a Comissão Europeia e o Governo português, com a Comissão Europeia a querer que se mande um orçamento ate dia 15. Isto mostra que a Comissão Europeia não leva em linha de conta a situação concreta dos países."
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