Era para ser o dia «D» de acordo entre o Eurogrupo e a Grécia. Acabou em desacordo, com um «ultimato claro» da Europa a Atenas, na opinião de Constança Cunha e Sá. A jornalista e comentadora da TVI24 entende que os ministros das Finanças do euro fizeram um «ultimato claro» a Atenas, que passa a mensagem de que só a «linha dura da austeridade» importa. O caminho do «precipício».
PUB
Surpreendida com o «tom tão duro» do Eurogrupo, Constança Cunha e Sá sentenciou:
«A posição do Eurogrupo deixa a Grécia sem saída. Estamos a pisar terreno muito perigoso. Hoje foi dado um passo em frente para o precipício (…). Ou há uma pirueta de última hora – o ministro grego das Finanças dizia que estava otimista e lembrou que ultimatos não deram bom resultado na Europa; ou não se vê forma de ver acordo (…). O facto de ter sido votado de forma unanime mostra que só há uma linha , que é a linha dura da austeridade (…) Se a Grécia for obrigada a sair, mostra que só há único caminho»
«O programa falhou em toda a linha», mas a Grécia está sem «espaço de manobra na Europa para negociar». «Não há espaço para governo grego salvar a face», resumiu, acrescentando que «o que incomoda à Europa não é tanto a questão da dívida mas da austeridade».
PUB
«O Eurogrupo não aceita sequer discutir. A Grécia é obrigada a aceitar atual programa contra o qual se candidatou»
«É impensável. É arrepiante ouvir uma coisa destas de um ministro de Estado, que fala assim de outro país. É uma atitude de ‘têm a saída que merecem', uma atitude de punição. 'Então, pumba, terão de vergar e sair para a rua’ »
PUB