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"Essa gente que anda por aí são mais ou menos uns syrizas"

Comentário de Henrique Medina Carreira no programa “Olhos nos Olhos” da TVI24

Medina Carreira antecipa que se Portugal “desandar”, terá uma queda muito rápida, semelhante à da Grécia, e antecipa que as complicações podem surgir para “os fins do ano”.

O comentador da TVI, Henrique Medina Carreira, considerou, esta terça-feira, que o país ainda não tem possibilidades de aumentar a despesa pública do Estado, “que está acima das possibilidades”, e que a instabilidade política das últimas semanas e as medidas anti-austeridade que podem surgir num novo Governo podem levar Portugal pelo caminho da Grécia.

No programa “Olhos nos Olhos” da TVI24, Medina Carreira mostrou-se surpreso por nenhum dos partidos políticos em negociações “falar de dinheiro”, salientando que será um “desastre” se a despesa pública aumentar.

“Sendo este um problema de dinheiro, é espantoso que não se fale de dinheiro. Nós não podemos aumentar a despesa pública, porque já estamos acima das possibilidades. Aqueles que querem ir contra a chamada austeridade vêm aumentar a despesa pública. Se isto acontecer é um desastre. (…) É preciso que chegue um Governo que saiba que estamos a falar de austeridade. Temos de falar de dinheiro, e ninguém fala de dinheiro.”

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“Se isto desandar um pouco, oxalá não aconteça, é muito rápida esta queda. Estamos a fazer um percurso semelhante ao da Grécia, ‘essa gente’ que anda por aí são mais ou menos uns ‘syrizas’. Querem acabar com a austeridade e querem dar mais dinheiro às pessoas, simplesmente a riqueza não cresce e por conseguinte tem de se pedir dinheiro emprestado, ou aumentar impostos, para não dar asneira. A complicação pode surgir nos fins do ano. Depende [de como formos avaliados lá fora]: pela Bélgica, pelas agências de rating… essa gente é que vai começar a dar o alarme.”

Também o professor no Instituto Superior de Economia e Gestão, Avelino Jesus, convidado no programa desta terça-feira, considerou que as propostas até agora apresentadas pelo PS nas negociações, tanto com a coligação, como com os partidos à esquerda, são de aumento da despesa pública, o que poderá trazer consequências graves para a economia.

“As propostas do [Partido Socialista] são de aumento da despesa. As negociações não estão a ter em conta a real situação do país. Há um risco muito sério [de regressarmos à situação de há quatro anos].”

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