Marcelo Rebelo de Sousa comentou os recentes ataques terroristas que ocorreram em Paris, e considera que agora é preciso que a população francesa e europeia não se guie pelo «temor», e que aprenda a viver com o que aconteceu, pois só assim, se foge à intenção dos terroristas.
No seu comentário habitual do «Jornal das 8» da TVI, Marcelo Rebelo de Sousa disse o objetivo dos extremistas é que as «comunidades vivam em pânico», em clima de «ditadura», e que, por isso, é necessário que a comunidade adote uma atitude contraterrorista: «continuar a defender a liberdade» e a «tolerância».
«Ultrapassada esta fase, que é naturalmente a da preocupação e de algum temor, tem de se entrar numa outra, que é como lidar com o terrorismo vivendo habitualmente. Não fazendo o jogo do terrorismo. [Porque] o terrorismo, no fundo, quer que as comunidades vivam em pânico. E gostaria que se radicalizassem as posições e onde existem democracias se passe a viver em ditaduras. (…) [Assim, para combater o terrorismo] é [preciso] continuar a defender a liberdade, a tolerância, o pluralismo, a abertura às várias comunidades. (…) Ultrapassada a fase emotiva, com a cabeça fria, viver habitualmente, não nos rendermos aos radicalismos», disse Marcelo Rebelo de Sousa.
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condenou, vigorosamente, os atentados dos últimos dias em França«Não nos podemos converter. Não podemos perder a cabeça, entrar em pânico, deixar de viver serenamente… O exemplo britânico é muito bom (referindo-se aos atentados de 2005), vários países na Europa conviveram com atentados nos últimos anos, a Espanha [por exemplo]. Houve até quem vivesse com outras realidades diferente desta e que [são] outro tipo de terrorismo. O contra terrorismo é uma atitude cultural», continuou.
«É uma condenação absoluta. Não é uma condenação "se, mas, porque," (…) este tipo de crimes são sempre condenáveis. Condenáveis sem reticências, é absoluta», referiu.
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Durante o seu comentário, o professor ainda se referiu a outros temas da atualidade, nomeadamente às recentes notícias que dão conta da possibilidade de Rui Rio, Pedro Santana Lopes e Alberto João Jardim virem a ser candidatos presidenciais. Sobre o assunto, Rebelo de Sousa é claro e diz que deve avançar quem estiver melhor preparado.
«Qualquer deles tem hipótese de obter as 7.500 assinaturas. [Mas] até ao lavar dos cestos é vindima. É uma questão de esperar (…) O sensato é a direita não se dividir e avançar aquele que tiver melhores hipóteses», disse Rebelo de Sousa.
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