O vice-presidente do PSD, António Borges, acusou o Governo de falta de prudência nas previsões económicas, considerando que a sua atitude «amplifica a crise» e deixou a sua credibilidade «completamente em estilhaços».
Por outro lado, o vice-presidente do PSD disse que o primeiro-ministro, José Sócrates, propõe agora «cortar substancialmente os impostos», o que considerou não ser «para levar a sério», e alegou que no orçamento suplementar «aparecem inúmeras receitas muito difíceis de explicar» sem as quais o défice poderia atingir um valor superior ao herdado pelos socialistas, escreve a Lusa.
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«A credibilidade do Governo para traçar um cenário, preparar um orçamento, dar algumas balizas aos portugueses para que possam melhor reagir à crise está completamente em estilhaços», declarou António Borges, na sede do PSD.
«O Governo vem agora admitir que qualquer previsão e qualquer orçamento pode ter de ser mudado a qualquer instante. Aqui está como se amplifica a crise, os piores efeitos da crise, como se aumenta a incerteza, como se mina a confiança de todos. Tudo porque, desde o início, o engenheiro José Sócrates nunca quis optar pela prudência, poupando aos portugueses surpresas cada vez mais desagradáveis», acrescentou.
António Borges disse ainda que o orçamento rectificativo é «uma grande confusão» e lembrou que «desde o início que a presidente PSD tinha apontado que o orçamento para 2009 não merecia confiança», atirou.
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