Já fez LIKE no TVI Notícias?

«Vi provas de que João Paulo I foi assassinado»

Escritor diz que foi um ramo maçónico o responsável pela morte

O autor do livro «O Último Papa» assegura ter visto provas de que o ramo maçónico P2 assassinou João Paulo I e garante que «a seu tempo» se confirmará que aquela organização também matou Olof Palm e Francisco Sá Carneiro.

«Vi papéis que foram subtraídos dos aposentos de João Paulo I na noite em que morreu, as mais seguras provas que se pode ter» de que ele foi morto, afirmou Luís Miguel Rocha, em declarações à agência Lusa.

PUB

O escritor, de 30 anos, já vendeu 30 mil exemplares do seu livro em Portugal, e conseguiu que os seus direitos da obra fossem adquiridos para Espanha, Itália, sete países latino-americanos e mesmo para a Europa de Leste.

Recusando que «O último Papa» seja produto de um qualquer «engenhoso golpe publicitário», o antigo guionista de televisão do Porto sustenta que João Paulo I - que protagonizou o mais curto papado de sempre, de apenas um mês - foi assassinado por ordem do grão-mestre da P2.

O autor disse que «não procurou» provas, que elas lhe chegaram às mãos mais tarde, em 2005, após a morte de outro papa, João Paulo II, por intermédio de um amigo que «nunca imaginara que afinal também pertencia à P2».

Que provas, afinal? 'Papéis que foram subtraídos do seu aposento na noite em que morreu, as mais seguras que se pode ter», disse.

Segundo sustentou, trata-se de «um memorando sobre as substituições que ia fazer, notas sobre as suas frustrações com os rumos da Igreja e uma nota sobre medidas que pretendia tomar a médio e longo prazo».

PUB

Essas provas, acrescentou, «estão agora nas mãos de um jornalista italiano» cujo nome diz não poder divulgar e que «fará delas o que entender».

Oficialmente, a morte do papa que dirigiu o Vaticano entre 26 de Agosto de 1978 e 28 Setembro seguinte resultou de ataque cardíaco, mas Luís Miguel Rocha diz que ele foi vítima de homicídio quando a P2 soube que queria substituir as peças-chave da Cúria e do Banco Ambrosiano, dominado pela Igreja Católica.

Na tese de Luís Miguel Rocha, este banco serviria de capa a ilegalidades escondidas durante 30 anos mas entretanto descobertas pelo papa veneziano, Albino Luciani, de seu nome próprio.

Ao associar igualmente a P2 às mortes dos antigos primeiros-ministros português, Francisco Sá Carneiro, e sueco Olof Palm, o autor diz que, neste caso, não havia interesse específico da P2 em assassinar os dois políticos.

«Estes crimes foram cometidos porque a P2 era subsidiária independente da CIA, da qual recebia 11 milhões de euros mensais», argumenta o autor.

PUB

«A seu tempo também se conhecerão provas sobre isto», afiançou, sem querer avançar mais pormenores.

Olof Palm foi assassinado quando passeava numa rua de Estocolmo, em 1986, seis anos depois da morte, em Portugal, de Francisco Sá Carneiro, que seguia num avião que se despenhou em Camarate.

O autor concede que «O último Papa« é uma obra de ficção, mas reitera que os factos centrais estão documentados e afirma que, se tivesse a intenção de construir um golpe promocional, «teria optado por um pseudónimo».

PUB

Últimas