O Sul da Austrália está a ser assolado desde quarta-feira por uma vaga de calor que se perspectiva ser a maior dos últimos 100 anos prevendo-se seis dias com temperaturas acima dos 40ºC.
Transportes ferroviários cortados, 140 mil casas sem electricidade e os primeiros fogos são já algumas das consequências de temperaturas relacionadas com o aquecimento global do planeta.
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«Onze dos anos mais quentes da história aconteceram nos últimos 12 e também notamos, especialmente no sul da Austrália, que chove menos», disse nesta quinta-feira a ministra australiana das Alterações Climáticas, citada pela agência Reuters.
Penny Wong não tem dúvidas quanto às responsabilidades do aquecimento global: «Isto é tudo consistente com as alterações climáticas e com o que os cientistas nos disseram que ia acontecer.»
A ameaça dos fogos
Com grande incidência no Sul do país, a vaga de calor colocou nesta quinta-feira quatro cidades sob 46ºC de temperatura e deixou 140 mil casas sem electricidade com o calor a danificar as redes eléctricas.
Em Melbourne, a temperatura de 44ºC - a mais alta nos últimos 70 anos - deixou os carris de caminho de ferro entortados obrigando ao cancelamento dos transportes ferroviários.
O Open da Austrália - que está a ser disputado naquela cidade desde dia 18 - também foi afectado pelo calor e os jogos ao ar livre foram cancelados nos últimos dois dias, jogando-se com o tecto fechado na Rod Laver Arena.
Como sublinha a Reuters, a Austrália é um dos países mais vulneráveis às alterações climáticas pelo seu clima quente e seco e já está afectada pela seca. Em pleno Verão no hemisfério Sul nesta altura do ano, uma das grandes preocupações são os incêndios e já começaram a surgir fogos de pequena dimensão.
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