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Ecologistas criticam reivindicação sobre Antártida

Reino Unido quer soberania sobre vários milhares de quilómetros quadrados

Grupos ecologistas internacionais como a Greenpeace e o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) condenaram esta quinta-feira as intenções do governo britânico de reivindicar a soberania sobre vários milhares de quilómetros quadrados na Antártida.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico anunciou recentemente que o Reino Unido vai solicitar soberania sobre uma grande parte do oceano da Antártida, um pedido que o governo de Londres considerada «uma salvaguarda para o futuro».

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Fontes daquele ministério disseram ao jornal britânico The Guardian na quarta-feira que estão a recolher e a processar dados para apoiar a reivindicação britânica, com o objectivo de alargar os direitos de exploração das reservas de petróleo, gás e minerais.

O pedido, que ainda está a ser elaborado, a pensar no prazo de Maio de 2009 imposto pela ONU, prevê alargar o território britânico nas águas daquela região em vários milhares de quilómetros quadrados, o que é permitido pela Lei da Convenção dos Oceanos.

Porém, o valor exacto de alargamento ainda não é conhecido com precisão. De acordo com a BBC, Londres pretende reivindicar a soberania sobre 2.590 quilómetros quadrados, enquanto que o The Guardian avança um milhão de quilómetros quadrados.

Decisão «colossalmente irresponsável

De acordo com o director do programa marinho do WWF, Simon Walmsley, citado hoje pela imprensa britânica, as intenções do Reino Unido «ameaçam a estabilidade do Tratado Antárctico», documento assinado em 1991 para acabar com futuras disputas territoriais no continente.

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O tratado em causa proíbe a exploração de petróleo e de gás no fundo do mar daquela zona e todas as outras actividades relacionadas com a extracção de minerais que não estejam destinadas a fins de investigação.

O responsável lembrou que «eventuais explorações de petróleo ou gás podem pôr em perigo o delicado ecossistema marítimo do Oceano Antárctico» e sublinhou que «o mecanismo do Tratado Antárctico é bom» e que «em nenhum caso» as organizações ecologistas vão apoiar qualquer tipo de exploração no território.

Por sua vez, Charlie Kronick, um responsável da secção britânica da Greenpeace considerou a revindicação de Londres como «colossalmente irresponsável» e acusou o país de estar mais preocupado com o futuro mercado do petróleo do que com a problemática das alterações climáticas.

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