PUB
O PS acusou esta segunda-feira o Governo de revelar-se «incapaz» de aproveitar as novas oportunidades agora abertas pela União Europeia, considerando que o «Plano Juncker» de investimentos é tudo o que o atual executivo PSD/CDS não queria.
Fernando Medina, membro do Secretariado Nacional do PS, falava em conferência de imprensa, durante qual procurou defender a importância estratégica para a economia portuguesa do programa de investimentos da Comissão Europeia, o «Plano Juncker».
Segundo o dirigente socialista, o «Plano Juncker» é «tudo aquilo que o Governo português sempre negou: negou que Portugal necessitasse de uma resposta europeia, e este é um programa à escala europeia; negou em absoluto a necessidade de um investimento de iniciativa pública; e negou em absoluto os elementos que permitiriam a Portugal recuperar mais rapidamente da crise».
«Temos um Governo que renegou a necessidade de uma política europeia, mas, fundamentalmente, negou a necessidade do investimento de iniciativa pública como catalisador e promotor da recuperação económica. Temos um Governo absolutamente incapaz de aproveitar as novas oportunidades que a mudança europeia está a abrir ao país.»
PUB
«Na lista dos primeiros projetos constam muitos dos projetos que foram abandonados ao longo dos últimos anos, encontrando-se lá o apoio à energia eólica ou a construção de barragens. No fundo, isto revela a nenhuma convicção do Governo face a este programa de investimentos, que foi sempre desvalorizado pelo atual executivo.»
«Na candidatura de Portugal não encontrarão um programa destinado à qualificação dos jovens, ao combate ao abandono e insucesso escolar, um programa de investimento destinado à promoção do sistema científico, nem um programa virado para o apoio à inovação das empresas ou para a reabilitação urbana. Não encontrarão lá nada do que é verdadeiramente estratégico para Portugal.»
«Não quero entrar em debate jurídico sobre essa matéria, porque a questão não é jurídica, mas, antes, política. A questão é se queremos ou não fazer a alteração do modelo de nomeação» do governador do Banco de Portugal «e em que momento», afirmou.
«E fazê-lo já, a qualquer momento. Por isso, a questão é política e não jurídica», acrescentou.
PUB