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Passos Coelho de cravo na lapela

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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considera que Portugal já evoluiu o suficiente para não haver polémica sobre quem ou não põe um cravo vermelho ao peito em comemoração do 25 de Abril.

Pedro Passos Coelho falava aos jornalistas no final da sessão solene comemorativa do 36.º aniversário do 25 de Abril na Assembleia da República, cerimónia a que optou por ir de cravo vermelho ao peito.

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Também o ex-líder parlamentar social-democrata José Pedro Aguiar-Branco, que discursou em nome do PSD, se apresentou com um cravo na lapela, ao contrário da maioria da sua bancada e do Presidente da República, Cavaco Silva.

Questionado sobre a opção por usar cravo, Passos Coelho respondeu: «Eu não quero fazer, a propósito de um símbolo do 25 de Abril, como é o cravo vermelho, qualquer polémica. Se ao fim de 36 anos ainda há polémicas em Portugal sobre quem põe um cravo vermelho ou não eu julgo que teríamos evoluído pouco. E eu acho que evoluímos o suficiente.»

Questionado sobre a intervenção de Aguiar-Branco, que citou Lenine, Rosa Luxemburgo e Sérgio Godinho, entre outros, para defender uma revisão constitucional que acabe com os preconceitos ideológicos e dê poder ao povo, Passos Coelho considerou que «foi um discurso muito pouco convencional, mas um bom discurso».

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«Foi um discurso a olhar para o país, e dizendo que nós não queremos construir nosso futuro com base em preconceitos e em etiquetas que já estão amarelecidas. Ouvi-lo citar autores que parece que alguns consideram malditos é uma boa maneira de comemorar também o dia da liberdade», acrescentou.

«Nós normalmente comemoramos o 25 de Abril de forma excessivamente convencional, até porque estas sessões solenes propiciam isso. Julgo que foi uma intervenção muito voltada para os portugueses, para a necessidade de voltarmos a dar poder às pessoas para escolher, para decidir. Isso num dia em que se comemora a liberdade é importante», disse ainda o presidente do PSD.

Cavaco propôs «apostas importantes»

O presidente do PSD comentou também o discurso de Cavaco. «Vi um discurso do Presidente da República muito voltado para futuro. A aposta que quis fazer relativamente ao mar, às indústrias criativas a propósito de uma grande região polarizada à volta do Porto julgo que são apostas importantes em que o país tem de mergulhar nos próximos anos», declarou Pedro Passos Coelho.

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«Portanto, apesar das circunstâncias pessoais, viu-se que é um discurso motivado, com esperança para futuro, apelando a recursos que nós temos, seja aos nossos jovens, aos talentos», acrescentou.

Questionado se encontrou na intervenção de Cavaco Silva críticas ao Governo, Passos Coelho respondeu que não acredita que «ninguém esteja satisfeito com a situação que o país vive actualmente», seja da oposição ou do Governo, mais à esquerda ou mais à direita.

«A questão está em saber se nos conformamos com ela ou se colocamos novos objectivos ambiciosos e novas metas. O Presidente da República deu hoje aqui um bom contributo para novos temas que podem ser importantes para o crescimento da economia, mas também para uma maior justiça social e uma melhor distribuição de rendimento», concluiu.

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