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Vieira da Silva: Sampaio também fez uma auto-crítica

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Ministro da Economia reconhece que todos nós temos responsabilidades nas situações que vivemos, em particular aqueles que assumem cargos públicos

O dirigente socialista Vieira da Silva considera que o ex-Presidente da República Jorge Sampaio fez uma «auto-crítica» quando criticou o carácter fechado dos partidos e a qualidade da classe política actual.

A posição de Vieira da Silva foi assumida no final das cerimónias comemorativas do 25 de Abril de 1974, no Palácio de Belém, citada pela Lusa, depois de confrontado com as palavras do ex-chefe de Estado.

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Num dos períodos mais marcantes da sua intervenção, Jorge Sampaio afirmou: «Sabemos que temos partidos fechados com poucas ideias e pouco debate; que há, muito mais do que seria desejável, políticos que não estão à altura das responsabilidades, mas sabemos também que muitos cidadãos pouco fazem para alterar esse estado de coisas, preferindo o comodismo do alheamento, da indiferença ou da má-língua inconsequente».

Perante esta posição de Jorge Sampaio, Vieira da Silva disse que o ex-Presidente da República e ex-secretário-geral do PS disse que «a crítica feita incorpora em si também uma auto-crítica».

«Jorge Sampaio fez parte dessa classe. Todos nós temos responsabilidades nas situações que vivemos, em particular aqueles que assumem cargos públicos», respondeu o ministro da Economia e director de campanha do PS nas próximas eleições.

Para Vieira da Silva, «é também verdade que enfrentamos uma situação de excepção e que não vivemos isolados do mundo. Já vivemos orgulhosamente sós, mas mesmo nessa altura não estávamos sós», acrescentou.

Já sobre a recusa do ex-chefe de Estado Mário Soares em «diabolizar» o Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Economia lembrou que «temos de ver as declarações nos momentos em que elas são feitas, porque a intervenção do FMI é agora necessária em virtude das condições que foram criadas com a abertura de uma crise política e consequente agravamento das condições de financiamento externo. Esta intervenção do FMI não tem a mesma natureza do que aquela a que se assistiu há 20 anos atrás, porque os problemas são distintos».

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