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Sem nunca referir o nome de José Sócrates, António Costa não conseguiu fugir ao tema que marcou a última semana e promete continuar a marcar a vida política.
Na sua primeira intervenção perante o XX Congresso, o secretário-geral quis «felicitar os socialistas pela forma exemplar como têm sabido enfrentar uma prova para que nunca ninguém está preparado».
Costa quis reforçar a «responsabilidade e serenidade» do partido, mesmo «perante um choque que para nós é brutal». «Todos temos sabido separar os sentimentos da política», insistiu.
O líder do PS sente que o partido está a lutar «contra ventos e marés», mas «sem resvalar na confiança no Estado de Direito».
«Todos temos sabido separar os sentimentos da política e todos temos sabido mostrar a fibra de que se faz um partido como o PS, a fibra daqueles que, contra ventos e marés, acreditam e não resvalam na sua confiança no Estado de Direito e nos seus valores essenciais».
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«Para que o partido não volte, como já aconteceu muitas vezes, a estiolar no seu funcionamento, na sua vida, na sua participação democrática, quando está no exercício do poder».
«Este Governo semeou a incerteza e intranquilidade. E falhou todas as metas orçamentais. Este Governo não fez um orçamento que não se confrontasse com a Constituição».
O líder socialista criticou também o Governo por ter rejeitado todas as propostas do PS de alteração ao Orçamento do Estado para 2015 por «fanatismo orçamental». «O Governo não tem, nem quer ter, emenda», resumiu. Por isso, Costa rejeita contribuir para qualquer compromisso com a maioria PSD-CDS.
recente entrevista de Passos Coelho à RTP«O compromisso que desejam é amarrar-nos conjuntamente à pedra que os arrasta para o fundo. Queriam levar-nos com eles nesta lenta agonia que enfraquece o país».
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«Ele comentou casos judiciais, comentou esse sucesso da iniciativa privada que é a crise no BES, travou uma polémica com todas as instituições internacionais que não confiam nas metas do Governo para a execução orçamental do próximo ano. Mas nada disse sobre o crescimento do país, o emprego, o combate à pobreza, a competitividade… Sobre isso, nem uma medida. Este Governo não tem soluções para apresentar para o futuro do país. É um Governo esgotado e conformado com a realidade».
«Muitos socialistas acharam que deviam desistir de ser socialistas, outros que deviam desistir de ser europeus. Mas o PS é socialista e é campeão do europeísmo».
«A Europa é o novo espaço do combate político democrático. Tal como nos batemos em cada freguesia, em cada município, ou a nível nacional, temos também de nos bater na Europa por uma nova política. Para isso, é necessário um novo Governo em Portugal».
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