O Bloco de Esquerda (BE) vê com «surpresa» as declarações de Manuela Ferreira Leite que afirmou, em entrevista à RTP, que «há um clima de asfixia democrática» no País. Já o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, garantiu «subscrever na íntegra» tudo o que conseguiu ouvir da entrevista televisiva.
Na entrevista, a líder do PSD disse que o principal problema da sociedade portuguesa é a «asfixia democrática», que está a ser criada pelo Governo de José Sócrates.
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«Há um clima de asfixia democrática» em Portugal
De acordo com a agência Lusa, o BE vê com «surpresa» as declarações de Manuela Ferreira Leite e acusa-a de ter integrado governos onde se sentia esse ambiente.
«A doutora Manuela Ferreira Leite fez parte de governos no tempo do professor Cavaco Silva em que se percebeu exactamente o que significava asfixia democrática e portanto vejo com alguma surpresa que seja Manuela Ferreira Leite a falar da questão nestes termos. Lembramo-nos bem do fechamento do país, do assalto ao aparelho de Estado por parte do PSD nos tempos do cavaquismo, não nos esquecemos», afirmou a deputada bloquista Ana Drago, em declarações à Lusa.
Manuela Ferreira Leite afirmou que existem condições para governar em minoria, mas Ana Drago desvalorizou a questão. De acordo com a dirigente do Bloco, o «PSD não tem um programa de Governo, não apresenta programas de Governo e as pouquíssimas que tem apresentado são muito perigosas, nomeadamente a que a doutora Manuela Ferreira Leite comentou, que é a diminuição da Taxa Social única». Drago afirmou ainda que a «ideia do PSD vir a governar» a preocupa.
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Já sobre a inclusão de António Preto nas listas do PSD, Ana Drago lembrou que a «crítica não vem só dos outros partidos». «Quando a doutora Ferreira Leite diz que há valores muito sérios na política que têm de ser respeitados perdeu toda a credibilidade quando fez essas escolhas», disse a bloquista.
Jardim subscreve na «íntegra» as palavras de Ferreira Leite
Por outro lado, o presidente do Governo Regional da madeira, «subscreve na íntegra» tudo o que conseguiu ouvir da entrevista televisiva da líder do PSD.
«Daquilo que consegui ver e ouvir, gostei de tudo, no conjunto, porque dali se respirava algo de novo para Portugal», disse. Jardim afirmou ainda que se sente «asfixiado por Lisboa».
«Eu sinto-me asfixiado por Lisboa, lá não sei como se sentem, penso que devem sentir-se bem porque aquilo é sempre a mesma coisa», declarou o presidente.
Alberto João Jardim afirmou ainda que o País corre um sério risco de «indisciplina democrática» pelo crescimento das «organizações comunistas» e pelo facto das forças de segurança «serem maltratadas pela República».
O presidente do Governo Regional não quis comentar o cenário de um governo minoritário, colocado pela líder dos sociais-democratas na entrevista televisiva. «Não me pronuncio sobre Governos minoritários», disse.
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